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Capacitação contínua: a alavanca estratégica para corretores

Ana Mello, Sócia-diretora da Avanza / Foto: Divulgação
Ana Mello, Sócia-diretora da Avanza / Foto: Divulgação

Confira artigo de Ana Carolina Mello, sócia-diretora da Avanza; Com mais de 30 anos de atuação no setor, a executiva é especialista em inovação e no desenvolvimento de profissionais para o mercado de seguros

Você já parou para pensar no quanto a formação contínua impacta a performance de um corretor de seguros?

O mercado de seguros brasileiro vive um momento de crescimento expressivo. De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor projeta um salto superior a 10% em 2025, impulsionado por avanços em digitalização, inovação de produtos e ampliação da base de clientes. Soluções estão cada vez mais automatizadas. A jornada de compra evoluiu. A concorrência se ampliou.

Hoje, o corretor precisa atuar como um consultor de negócios, um especialista em gestão de riscos e um verdadeiro parceiro para empresas e clientes. Esse novo papel exige competências que vão muito além do conhecimento técnico básico: inteligência emocional, capacidade analítica, visão de mercado e domínio das tendências emergentes.

No entanto, um grande desafio se impõe: muitos profissionais ainda subestimam a necessidade de atualização. Segundo levantamento da Escola Nacional de Seguros (ENS), corretores que participam regularmente de programas de capacitação apresentam índices significativamente superiores de retenção de clientes e crescimento de carteira.

Além disso, estudos de mercado mostram que consumidores brasileiros valorizam fortemente profissionais que demonstram atualização constante e domínio técnico. Ou seja, um corretor bem preparado inspira confiança e credibilidade, fatores fundamentais na construção de relacionamentos duradouros e na geração de novos negócios.

Além disso, o avanço da digitalização e a transformação da jornada do cliente impõem um ritmo de evolução constante. Temas como seguros cibernéticos, produtos paramétricos, ESG, gestão de riscos emergentes e uso de dados para personalização da oferta são realidade no mercado. Corretores que não acompanham esse movimento acabam, inevitavelmente, limitando seu próprio potencial e o das organizações que representam.

Parar de aprender significa parar de acompanhar o mercado. E, pior, significa perder relevância diante de clientes cada vez mais exigentes e informados. Em um cenário de expansão, que projeta um mercado segurador alcançando mais de R$ 740 bilhões e representando cerca de 6,4% do PIB nacional em 2025, segundo a CNseg, a capacitação contínua é um fator de alta performance.

Vale lembrar que formação não é responsabilidade exclusiva do profissional. Deve ser um compromisso coletivo. Seguradoras, assessorias, associações e lideranças precisam construir ambientes de aprendizado contínuo, oferecendo ferramentas, programas de qualificação, certificações e suporte estratégico. O fortalecimento da cadeia como um todo depende da qualidade dos profissionais que atuam na ponta.

Em um setor que emprega mais de 185 mil pessoas no Brasil e que segue em plena expansão, segundo dados da CNseg divulgados pela CNN Brasil, a diferença entre um corretor de alto desempenho e um profissional mediano não estará apenas no preço ou no portfólio de produtos que oferece. Estará, sobretudo, na capacidade de gerar valor consultivo, antecipar riscos e construir soluções sob medida para um mercado cada vez mais complexo.

A pergunta que todos os profissionais do setor deveriam se fazer é simples: estou evoluindo na mesma velocidade que o mercado? Estou preparado para atender o cliente que virá nos próximos anos, ou ainda opero com a mentalidade e o repertório de um passado que não volta mais?

A resposta para essa pergunta passa, inevitavelmente, pela qualidade e consistência da formação que cada corretor está disposto a buscar. Investir em capacitação é uma estratégia de crescimento, um compromisso com a própria relevância e um caminho claro para sustentar um diferencial competitivo em um setor que não perdoa estagnação.

Porque, no final, serão os profissionais que continuarem aprendendo que garantirão o protagonismo.

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