Secas, tempestades, furacões e terremotos têm sido mais severos em todo o planeta
As mudanças climáticas são um dos maiores problemas mundiais da atualidade. Os impactos delas podem ser sentidos através de secas intensas, fortes tempestades e enchentes.
Riscos climáticos estão mais severos
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2021 foi um dos sete anos mais quentes já registrados na história. Foi quando a temperatura média do planeta fechou 1,11ºC acima dos níveis do período pré-industrial, conforme mensurou a agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 2022, as indenizações por conta de riscos climáticos superaram – e muito – a média de US$ 81 bilhões em pagamentos nos últimos 10 anos. Foram pagos US$ 120 bilhões pelas companhias de seguros por sinistros relacionados a catástrofes naturais, de acordo com a resseguradora Munich Re. A resseguradora Swiss Re demonstrou que apenas o furacão Ian contribuiu com uma cifra estimada entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões para este montante.
Agora, em 2023, a agência de notícias Bloomberg informou que o terremoto que atingiu a Turquia pode gerar US$ 84 bilhões em perdas financeiras. O valor deve significar cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) turco, de acordo com estimativas do grupo de empresários Turkonfed. Estima-se que mais de 37 mil pessoas tenham perdido suas vidas após o tremor de terra.
Mas os efeitos da mudança no clima não estão restritos apenas ao exterior. No Brasil, um segmento bastante impactado foi o agronegócio. Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) demonstram que o seguro rural bateu o recorde no número de indenizações em 2022. Elas tiveram um aumento de 47,1% no acumulado do ano e chegaram a um total de R$ 10,5 bilhões. A busca por este tipo de proteção cresceu quase 40%.
Ferramentas podem trazer mais segurança
Para o CEO da Genebra Seguros, Guilherme Silveira, os eventos globais recentes evidenciaram a importância de ferramentas modernas e ágeis para se fazer a proteção patrimonial e familiar, além da gestão de riscos. “Antes de mais nada é sempre importante ressaltar que é preciso ter atenção às respectivas coberturas previstas em um contrato de seguros. As soluções desenvolvidas pelas seguradoras visam trazer o bem-estar e a tranquilidade para a sociedade no acontecimento do inesperado”, comentou ao abordar como um seguro funciona.
O especialista ainda aproveitou para enfatizar o modo como os seguros paramétricos podem auxiliar na compreensão dos riscos climáticos. “Um seguro paramétrico é uma forma de seguro que realiza a indenização de uma quantia fixa pré-determinada quando um evento específico ocorre, como um terremoto, um furacão ou um grande volume de chuvas. O pagamento é baseado em um parâmetro predefinido, como a magnitude do terremoto, a velocidade do vento do furacão ou qual o volume de precipitações em determinada região naquele período, e não na quantidade real de danos causados pelo ocorrido”, citou ao demonstrar a importância dos dados para que uma apólice deste tipo faça sentido para todos os envolvidos.
Outra questão crucial ao debater o tema são os impactos ambientais que as empresas podem proporcionar em decorrência de suas atividades. “Diversas indústrias precisam pensar em como se dará sua relação com a natureza e com o ambiente em que estão inseridas. As indenizações e os custos de recuperação de áreas degradadas podem inviabilizar uma organização e, além de tudo, prejudicar completamente o desenvolvimento da vida em um determinado local”, alertou ao mencionar a existência dos seguros ambientais.
De uma forma ou de outra, todos precisam fazer sua parte e ajudar na preservação do meio ambiente. Cuidar de nossas florestas, fazer a reciclagem do lixo e preparar-se contra imprevistos pode fazer toda a diferença para que tenhamos dias mais tranquilos no futuro.