Confira artigo de Letícia Bufarah, head de marketing da Leapfone
Para além de ser uma ferramenta de trabalho, de facilitar demandas do dia a dia e de fomentar conexões em peso no mundo on-line, você já imaginou a infinidade de recursos que um simples smartphone com acesso à internet pode proporcionar dentro das salas de aula? Conversor de moeda, volume, comprimento e peso; temperatura e elementos do clima; bússola; calculadora; dicionário; tradutor de idiomas… Enfim, um universo paralelo se abre dentro do Google Play Store ou da App Store com mil e uma possibilidades de aplicativos a favor da educação.
Considerando que o aparelho pode gerar distrações, no momento de aprender, o conselho via de regra é manter distância. No entanto, convenhamos que o simples ato de proibir o uso não é eficiente para impedir a distração entre os alunos. Afinal, como seria censurar completamente conversas paralelas, mensagens em papel e outras maneiras de dispersão?
Segundo pesquisa da TIC Kids Online Brasil de 2021, 93% das crianças e dos adolescentes do país entre 9 e 17 anos são usuárias de internet, o que corresponde a cerca de 22,3 milhões de pessoas conectadas nessa faixa etária, e pasme ou não: o celular é o dispositivo predominante entre elas para esse acesso (93%).
Fato é que já não dá para remar contra o desenvolvimento informacional que o mundo respira. Ou seja, não aderir à tecnologia dentro e fora das salas de aula é praticamente impossível. Dessa maneira, é necessário pensar nos smartphones como uma ferramenta de apoio à educação, lançando mão de práticas eficazes que possam ampliar suas vantagens e, claro, estabelecer limites e responsabilidades.
Crianças e jovens têm cada vez mais afinidades com a tecnologia
O uso de celular em sala de aula como uma ferramenta de apoio à educação pode se tornar uma estratégia bem produtiva. Diante de uma sociedade conectada e protagonista de suas ações, os alunos naturalmente vão usar muitos recursos no estudo. Só o fato de poderem utilizar essa ferramenta na aprendizagem ajuda a aumentar a motivação e, consequentemente, o engajamento e a participação nos conteúdos.
Inovação no ensino
Para resultados cativantes e positivos, os professores podem e devem se inteirar sobre os avanços tecnológicos para a elaboração de planos de aula mais criativos e interativos. Ao transmitir conhecimento por meio do smartphone, é possível despertar a atenção dos alunos e promover a fixação de conteúdo de forma eficiente.
Favorece o acesso à informação
Além da mobilidade, o celular facilita o acesso dos estudantes a muitos materiais de qualidade, como músicas, e-books, infográficos, vídeos e a pesquisa infinita de conteúdos. Nesse sentido, o poder da informação a qualquer hora e lugar está literalmente na palma das mãos. Aqui ainda vale uma aula sobre fake news para conscientizar a todos acerca do assunto, guiando as consultas às fontes de confiança e provocando a apuração e a checagem de conteúdos verdadeiros, como um bom investigador. Que tal?
A realidade é que, quando a tecnologia aliada aos smartphones é bem estabelecida no ambiente escolar, tanto os professores quanto os alunos podem sair ganhando. As metodologias ativas, amplamente fomentadas e indicadas atualmente, além do ensino bilíngue, são muito beneficiados. Assim, o celular deixou de ser o vilão principal e é necessário desviar o olhar para enxergar o que está além dele.