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China condena ex-presidente de seguradora à prisão perpétua por corrupção

China condena ex-presidente de seguradora à prisão perpétua por corrupção / Foto: Grant Durr / Unsplash
Foto: Grant Durr / Unsplash

Documentos judiciais revelam que Wang aceitou subornos totalizando aproximadamente 325 milhões de yuans (US$ 44,6 milhões) e escondeu 56,4 milhões de yuans (US$ 7,8 milhões) em depósitos no exterior

O ex-líder de uma das principais seguradoras chinesas, Wang Bin, 64 anos, foi sentenciado à prisão perpétua após ser considerado culpado de corrupção por um tribunal intermediário em Jinan, província oriental de Shandong. A sentença inicialmente determinava a pena de morte, mas esta foi suspensa por dois anos. Ao final desse período, Wang enfrentará uma pena de prisão perpétua, sem chances de revisão ou liberdade condicional. As informações são da CNN Brasil.

Documentos judiciais revelam que Wang aceitou subornos totalizando aproximadamente 325 milhões de yuans (US$ 44,6 milhões) e escondeu 56,4 milhões de yuans (US$ 7,8 milhões) em depósitos no exterior. A acusação afirma que os atos ilícitos aconteceram entre 1997 e 2021, período no qual Wang liderou grandes instituições financeiras do estado, como China Life Insurance, Banco de Comunicações da China e China Taiping Insurance. Há evidências de que o dinheiro ilegal foi ocultado em contas em Hong Kong.

A decisão judicial destacou: “O montante de subornos aceitos por Wang foi extraordinariamente elevado, tornando as circunstâncias do delito excepcionalmente graves e seu impacto na sociedade, devastador”.

Wang Bin é apenas um nome na série de executivos de ponta envolvidos na campanha anticorrupção do presidente Xi Jinping, que mira o setor financeiro avaliado em US$ 56 trilhões. Esta condenação surge um ano após o início das investigações contra Wang, que também ocupou uma posição de destaque no Partido Comunista na China Life.

A onda de repressão de Pequim não se limita a Wang. Altos executivos, incluindo Li Xiaopeng, ex-chefe da China Everbright Group, e Liu Liange, anterior presidente do Banco da China, também estão sob escrutínio. Em um acontecimento intrigante, Bao Fan, um proeminente banqueiro de investimentos, desapareceu em fevereiro, levantando suspeitas de seu envolvimento nas investigações.

Observadores da cena política alegam que a ação abrupta no setor financeiro, especialmente após a reeleição de Xi para um inédito terceiro mandato em 2022, visa solidificar sua autoridade. Eles especulam que, diante dos desafios econômicos emergentes da China e da tensão com os EUA, Xi busca maior controle sobre a poderosa indústria financeira do país.

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