A Chubb Limited (NYSE: CB) anunciou um lucro operacional ajustado de US$ 1,49 bilhão no primeiro trimestre de 2025, equivalente a US$ 3,68 por ação, em meio a desafios significativos provocados por perdas relacionadas a catástrofes naturais. O lucro líquido reportado foi de US$ 1,33 bilhão (US$ 3,29 por ação), impactado principalmente pelos incêndios florestais na Califórnia.
Os prêmios retidos consolidados da companhia alcançaram US$ 12,6 bilhões no período, com alta de 5,7% em moeda constante. O crescimento foi impulsionado por um avanço de 5,0% em seguros gerais (P&C) e de 10,3% no segmento de seguros de vida.
Apesar dos fortes resultados operacionais, os impactos das catástrofes foram expressivos. As perdas líquidas por eventos catastróficos somaram US$ 1,64 bilhão antes de impostos — dos quais US$ 1,47 bilhão se referem aos incêndios na Califórnia —, correspondendo a 15,9 pontos percentuais no índice combinado da seguradora, que fechou o trimestre em 95,7%. Excluindo as perdas catastróficas e o desenvolvimento de sinistros de anos anteriores, o índice combinado ajustado ficou em 82,3%.
“O trimestre foi sólido, apesar das perdas significativas. Mantivemos um excelente desempenho de subscrição, crescimento de dois dígitos nas receitas de investimentos e alta nos lucros do seguro de vida”, afirmou Evan G. Greenberg, presidente e CEO da Chubb.
Destaques operacionais
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Lucro de subscrição de P&C: US$ 441 milhões.
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Prêmios retidos de P&C: US$ 10,93 bilhões, alta de 5,0% em moeda constante.
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Seguro de vida: prêmios de US$ 1,72 bilhão (+10,3% em moeda constante) e lucro de US$ 291 milhões (+8,6%).
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Ganho de investimentos: US$ 1,56 bilhão, crescimento de 12,2%.
O segmento internacional da Chubb registrou um crescimento robusto de prêmios, com expansão de 6,5% em moeda constante, puxada pelas regiões da Ásia (+6,1%), América Latina (+6,1%) e Europa (+5,5%).
Já na América do Norte, o crescimento foi impactado por efeitos pontuais — como prêmios de reintegração relacionados aos incêndios e operações estruturadas realizadas em 2024 —, o que reduziu o avanço dos prêmios para 3,4%. Desconsiderando esses fatores, o crescimento recorrente seria de 6,4%, com destaque para alta de 10,1% no seguro para pessoas físicas.
Desafios e perspectivas
A empresa destacou ainda que a valorização do dólar americano afetou o resultado operacional, com impacto negativo de US$ 36 milhões, ou US$ 0,09 por ação.
Apesar do ambiente mais competitivo no mercado de grandes riscos e seguros patrimoniais especializados (E&S), a Chubb afirmou que as condições de subscrição continuam favoráveis no médio mercado e entre pequenas empresas, especialmente nas linhas de responsabilidade civil.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado foi de 8,2%, enquanto o retorno operacional sobre o patrimônio tangível (ROTE) ficou em 13%.
Segundo Greenberg, a companhia segue confiante: “Nosso crescimento e resultado operacional demonstram a força e a resiliência do nosso modelo de negócios, mesmo em um ambiente desafiador. Seguimos focados em capturar oportunidades e gerar valor consistente para nossos acionistas”.