Chuvas recuperam umidade do solo no Sul, mas seca persiste em outras áreas da safra de verão, avalia EarthDaily

Foto por: Ed Leszczynskl/ Unsplash Images
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Dados apontam melhora no Paraná e em parte do Sudeste, mas alertam para déficit hídrico em Goiás e Mato Grosso do Sul

Os primeiros sinais de recuperação hídrica começam a se consolidar nas principais regiões produtoras da safra de verão. De acordo com o relatório técnico da EarthDaily, empresa especializada no monitoramento agrícola por sensoriamento remoto com dados de satélite, o retorno das chuvas nas últimas semanas contribuiu para elevar gradualmente a umidade do solo, sobretudo na região Sul, onde o Paraná registrou os volumes mais expressivos. Apesar disso, áreas do Centro-Oeste e Sudeste ainda enfrentam níveis abaixo da média, exigindo cautela dos produtores no avanço do plantio da soja.

Nos últimos dez dias, as maiores precipitações foram registradas na região Sul, com acumulados superiores a 50 mm em diversas localidades. O mesmo ocorreu em pontos isolados do Sudeste e do Mato Grosso, onde a chuva ficou acima da média para o período. Em contrapartida, a seca  persiste em áreas estratégicas, como o centro do Mato Grosso do Sul, a região central de Minas Gerais e partes de Goiás, mantendo o ritmo de plantio mais lento que o habitual.

“A comparação entre as médias dos últimos 30 e 10 dias revela que a umidade do solo permanece em níveis baixos há mais de um mês, com nova redução recente, especialmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e Bahia. Embora o ciclo das lavouras de verão esteja em fase inicial, o quadro requer atenção e monitoramento contínuo”, avalia Felippe Reis, analista de cultura da EarthDaily.

O Paraná apresenta o cenário mais positivo. Após enfrentar forte estresse hídrico em setembro, a região norte do estado registrou melhora expressiva na umidade do solo nos últimos dias, reduzindo significativamente os impactos da seca. A tendência, no entanto, é de nova queda a partir de 20 de outubro, embora os índices se mantenham superiores aos observados no mês passado. No restante do estado, a umidade está acima da média histórica, favorecendo o bom início das lavouras de verão.

No Mato Grosso, as chuvas dos últimos dias devem trazer pouca alteração nas condições hídricas no curto prazo. Entretanto, a previsão indica o retorno da seca dentro de uma semana, limitando a recuperação da umidade do solo,  que se manterá abaixo da média.

Em Goiás, o modelo europeu ECMWF prevê elevação discreta da umidade nas próximas semanas, ainda em patamares inferiores à média histórica, podendo atingir o menor nível dos últimos 20 anos no fim de outubro.

Já no Mato Grosso do Sul,as projeções apontam precipitação acumulada de  50 a 75 mm entre setembro e outubro, contra uma média histórica de 188 mm para o período. Mesmo que os níveis sejam baixos, o desempenho de 2020 (safra 20/21) com produtividade satisfatória, serve de parâmetro para reduzir as preocupações imediatas dos produtores.

Tanto o ECMWF quanto o modelo americano GFS indicam chuvas abaixo da média na maior parte do país para os próximos dez dias, com exceção de pontos do Sul, Mato Grosso e MATOPIBA, onde os acumulados tendem a ser mais expressivos. As temperaturas devem permanecer próximas ou ligeiramente abaixo da média, o que pode reduzir a evapotranspiração e auxiliar na recomposição gradual da umidade nas regiões produtoras.

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