Iniciativas têm ajudado a reduzir a desigualdade por meio de ações educativas focadas em população de baixa renda
Práticas ESG, da sigla em inglês para Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) têm ganhado cada vez mais notoriedade no mundo corporativo e não tem sido diferente no ecossistema de inovação. Mais do que empreender, obstinar como resultado o impacto social positivo que um negócio pode agregar vem sendo cada vez mais uma preocupação de algumas startups.
Ações que priorizam a letra S da sigla, de social, têm se destacado no Brasil, um país ainda marcado pelas desigualdades. Este é um dos critérios de programas como o BNDES Garagem – Negócios de Impacto, que visa promover o empreendedorismo em todo Brasil por meio de um programa de aceleração que privilegia empresas que ajudem a transformar a realidade da população. A iniciativa conta com a parceria de três organizações referências no ecossistema de empreendedorismo e inovação: Artemisia, Wayra, e Liga Ventures.
A seguir, conheça cinco startups de impacto social, apoiadas pelo programa, para ficar de olho em 2023:
Ela Faz
Promover a paridade de gênero, diversidade e inclusão social por meio de uma plataforma de tecnologia educacional que qualifica mulheres para o mercado de trabalho é o objetivo da Ela Faz. A startup promove estudos nas comunidades, levantando dados sobre mulheres e direcionando a criação de cursos e conteúdos que atendam às necessidades específicas desses grupos. As formações são desenvolvidas de forma acessível, nas modalidades EAD e presencial. Além da qualificação, a startup faz acompanhamento psicossocial, para detectar as lacunas que precisam ser trabalhadas nas mulheres participantes, a fim de que estejam prontas a responder às expectativas operacionais e comportamentais do mercado. Mais de 2000 mulheres já participaram das formações.
Edumi
A Edumi é uma startup que capacita jovens de baixa renda para o mercado de tecnologia. Por meio do programa gratuito Edumi for Youth, os alunos aprendem além de habilidades em tecnologia, soft skills importantes para conseguirem uma colocação profissional. Com duração de quatro meses e carga horária que ultrapassa 300 horas, o foco é atrair, selecionar, capacitar e dar mentoria aos participantes, apresentando as dinâmicas do ambiente corporativo a partir do contato gerado com as empresas patrocinadoras. Um dos objetivos da Edumi é oferecer o que o ensino tradicional não consegue, respondendo às necessidades do mercado de maneira ágil.
Partiu!
A Partiu! é uma startup que por meio de uma plataforma de aprendizagem gamificada capacita e conecta mães de periferia a empresas de tecnologia, ajudando-as a desenvolver competências cognitivas, socioemocionais e profissionais por meio de estratégias personalizadas geradas por recursos de Inteligência Artificial. O propósito é quebrar o ciclo de pobreza, ajudando mães em situação de vulnerabilidade a estudar e trabalhar, ressignificando seu papel na sociedade.
NoFront
A NoFront é uma plataforma digital com foco em jovens negros da periferia. Surgiu para aproximar pessoas pretas da educação financeira, ajudando a reduzir as desigualdades, promovendo a emancipação econômica. A startup acredita que todos devem viver de forma abundante, próspera e igualitária. Para isso, oferece cursos sobre economia por meio das músicas de RAP – metodologia inédita de ensino. Oferece também consultorias, palestras, workshops e podcast como ferramentas para ampliação do aprendizado, dentro e fora da sala de aula.
Tindin
A Tindin é uma startup de educação. Seu principal produto é um ambiente virtual de aprendizagem gamificado, dentro de um contexto no metaverso, o que transforma o ensino híbrido em uma experiência imersiva. A solução convida os usuários a aplicarem os conhecimentos teóricos multidisciplinares em situações práticas simuladas no ambiente digital, utilizando a educação financeira como principal mote para aplicação de conhecimentos diversos, aprendidos na escola. O objetivo é democratizar o acesso à educação de qualidade por meio da combinação de tecnologias disruptivas e metodologias ativas. Seu modelo de negócio é predominantemente B2B, mas também possui frentes de atuação nos modelos B2G e B2B2G, oferecendo sua tecnologia para governos.