Confira artigo de Patricia Goncalves Pacheco, Gerente de Recursos Humanos da CAPEMISA Seguradora e CAPEMISA Capitalização
Em 7 de abril, celebramos o Dia Mundial da Saúde. Contudo, em todo o mês, temos um chamado à reflexão sobre o bem-estar físico, mental e emocional. Esse momento nos leva a uma pergunta poderosa: qual é a relação que eu quero cultivar com o meu trabalho?
Em meio à rotina e às pressões do dia a dia, pensar sobre saúde no contexto profissional é essencial para construir uma vida mais equilibrada e significativa.
Vivemos uma era em que o poder das perguntas ganhou novo espaço. Há 15 anos, em um processo de coaching, percebi pela primeira vez, o impacto de uma pergunta bem feita. Na época, confesso que minha ansiedade por respostas e soluções rápidas falava mais alto. Hoje, compreendo que a verdadeira transformação nasce do silêncio que vem depois da pergunta — aquele espaço onde a reflexão germina e floresce.
Perguntar é um ato filosófico, quase ancestral. Aristóteles já nos ensinava que a sabedoria começa pela dúvida. E, como todo instrumento poderoso, a pergunta pode ser libertadora ou opressora. Pode impulsionar pessoas a descobertas extraordinárias, ou colocá-las em situações desconfortáveis, intimidando ou manipulando. A intenção por trás da pergunta é o que define seu impacto.
Em tempos em que o trabalho ocupa uma parcela significativa da nossa vida — cerca de 35 anos, oito horas por dia, cinco vezes por semana — enxergá-lo apenas como um meio para conquistar bens e experiências pode ser uma visão limitada. É claro que realizar sonhos materiais é legítimo e maravilhoso. Mas será que é só isso?
A pergunta que propomos este mês é mais profunda:
- Estamos usando nosso tempo para ampliar a consciência?
- Acordamos melhores do que fomos ontem?
- Nosso trabalho reflete nosso propósito de vida?
Na infância, nosso propósito muitas vezes se revelava nas brincadeiras: cuidar de bonecos, resolver quebra-cabeças, se desafiar em jogos, criar com arte e música. Esses pequenos gestos nos conectavam com nossa vocação. Hoje, ainda conseguimos sentir essa conexão no nosso dia a dia profissional? O quanto dessas “brincadeiras” ainda está presente no que fazemos?
Para os profissionais — especialmente as lideranças — que buscam manter viva essa conexão, que encontram no trabalho uma fonte de realização, construção e transformação, fica aqui o reconhecimento e os votos mais sinceros: que a saúde e a felicidade estejam presentes, no e com o trabalho.
Afinal, refletir sobre o clima organizacional é também refletir sobre o sentido de estarmos juntos. E nada mais saudável do que redescobrir, a cada dia, um propósito que nos inspire — individualmente e coletivamente.
