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CNI destaca apoio de entidades empresariais dos EUA contra tarifaço

Foto: Clayton Cardinalli / Unsplash
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Confederação Nacional da Indústria enaltece nota da U.S. Chamber e da Amcham que repudiam taxação de 50% sobre exportações brasileiras; Presidente da CNI, Ricardo Alban vê gesto como decisivo para reverter medida com alto custo para ambos os países

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou, nesta terça-feira (15), a contundente manifestação de duas das mais influentes entidades empresariais dos Estados Unidos — a U.S. Chamber of Commerce e a Amcham Brasil — contra a medida do governo norte-americano que prevê tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em nota conjunta, as instituições alertam para os riscos da medida e pedem sua imediata revisão.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, classificou o apoio como estratégico e emblemático, reforçando que a reação de empresários norte-americanos demonstra que o tarifaço afeta profundamente os dois lados da relação comercial.

“A manifestação da U.S. Chamber e da Amcham deixa claro que não estamos sozinhos. Contar com a voz ativa de líderes empresariais dos Estados Unidos fortalece nossas negociações e evidencia que essa medida é danosa não só para o Brasil, mas também para as empresas e consumidores americanos”, afirmou Alban. Segundo ele, a tarifa não apenas penaliza a indústria brasileira, com previsão de perda de mais de 110 mil empregos, como também coloca em risco cadeias produtivas e pequenas empresas dos próprios EUA, que dependem de insumos brasileiros.

Na nota, as entidades norte-americanas alertam que a imposição da tarifa, motivada por pressões políticas, pode “prejudicar gravemente uma das relações econômicas mais relevantes dos Estados Unidos”, além de estabelecer um precedente perigoso para o comércio internacional. As instituições destacam ainda que a medida elevaria custos para as famílias americanas e comprometeria a competitividade de setores estratégicos nos EUA.

Dados citados na manifestação apontam que mais de 6.500 pequenas empresas norte-americanas dependem diretamente de produtos importados do Brasil, que figura entre os dez principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Em Brasília, nesta manhã, uma comitiva de empresários liderada pela CNI se reuniu com autoridades do governo federal no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Durante o encontro, Ricardo Alban defendeu que o Brasil priorize o diálogo e esgote todas as vias diplomáticas antes de considerar medidas de retaliação.

“É essencial mantermos um tom técnico e construtivo, não político. Defendemos que o governo americano revogue a tarifa ou, no mínimo, adie sua entrada em vigor por 90 dias, permitindo um debate mais racional e equilibrado sobre seus impactos”, reforçou Alban.

Para a CNI, o apoio público das entidades empresariais dos EUA representa um ponto de inflexão nas tratativas e evidencia a urgência de uma solução negociada. “O comércio bilateral é uma via de mão dupla — e as consequências dessa decisão serão sentidas em ambos os lados”, concluiu o presidente.

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