Atualização de sistemas é complexa e torna-se urgente para evitar interrupção operacional
A adoção do CNPJ alfanumérico em julho de 2026, pela Receita Federal, visa acompanhar o crescimento empresarial, mas impõe uma complexa atualização tecnológica às empresas. Especialistas alertam para a urgência na preparação para evitar interrupções operacionais e falhas de conformidade.
O cenário empreendedor brasileiro vive um notável momento de expansão, com a abertura de 394.710 novas empresas apenas em outubro de 2024, segundo a Serasa Experian – o que significa a emissão de um novo CNPJ a cada 5 segundos. Para acompanhar esse ritmo de crescimento e prevenir a exaustão da numeração atual, a Receita Federal implementará o CNPJ alfanumérico em julho de 2026. A nova formatação introduzirá letras nas posições intermediárias (da 9ª à 12ª posição) e dígitos verificadores baseados na tabela ASCII, permitindo a inclusão de símbolos.
A mudança, aparentemente simples, esconde uma complexa engrenagem de atualizações tecnológicas às quais as empresas precisam se adaptar o quanto antes. Paulo Watanave, diretor de operações de Data & AI na Nava Technology for Business, empresa especializada em soluções tecnológicas, adverte que a falta de planejamento pode levar a sérias interrupções operacionais e falhas de conformidade. “A migração para o CNPJ alfanumérico é uma mudança inevitável que traz uma oportunidade de rever e implementar melhorias tanto na arquitetura de sistemas, bem como nas arquiteturas de dados das empresas”, explica.
A atualização dos sistemas internos e o alinhamento com fornecedores de tecnologia são cruciais. Isso envolve a revisão de bancos de dados para aceitar o novo padrão, migrando campos numéricos para strings e garantindo a integridade referencial entre plataformas distintas. A colaboração com fornecedores de tecnologia é essencial para o desenvolvimento de APIs padronizadas e a sincronização de atualizações, assegurando que o novo CNPJ seja reconhecido corretamente em processos fiscais, contratuais e outros sistemas integrados. “É essencial a busca por parceiros com expertise na integração de sistemas legados e modernos, para garantir uma transição suave e segura”, ressalta.
Para uma transição bem-sucedida, Watanave destaca alguns pontos de ação imediatos:
– Análise de impacto nos sistemas e o planejamento proativo da atualização, o quanto antes.
– Realização de testes rigorosos e exaustivos em ambientes de sandbox, incluindo provas de sanitização, testes de confirmação e testes de regressão, para garantir a compatibilidade.
– Explorar soluções de gestão e integração de dados, plataformas de API management e ferramentas de monitoramento para facilitar a transição e garantir a conformidade dos dados.
Alguns de nossos clientes já fizeram o levantamento inicial para entender o tamanho e impacto da mudança em seus sistemas. A NAVA oferece uma solução para o mapeamento e identificação de pontos sensíveis para o ajuste, com uma análise de impacto, riscos e esforço, endereçando uma melhor estratégia para execução do ajuste. Adotamos ferramentas com IA embarcada e mão de obra especializada na execução do projeto, entregando para nossos clientes confiabilidade, agilidade e qualidade.
A adoção do CNPJ alfanumérico é mais que uma simples mudança cadastral. É uma oportunidade para que as empresas avaliem a possibilidade de modernizarem seus sistemas legados (modernização de código obsoletos, arquiteturas e funções de negócio).