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Colaboradores de empresas que investem em bem-estar demonstram maior satisfação com salários e empregos

group of people using laptop computer
Photo by Annie Spratt on Unsplash

Pesquisa Global do Wellhub, mostra que profissionais de empresas que priorizam o bem-estar se sentem mais valorizados, têm melhor percepção sobre sua remuneração e relatam maior engajamento no trabalho

Colaboradores de empresas que investem em bem-estar se sentem mais valorizados, saudáveis e produtivos. É o que revela o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2026, pesquisa realizada pelo Wellhub com mais de 5.000 profissionais em dez países.

Os resultados mostram uma diferença marcante entre quem tem acesso a programas estruturados de bem-estar corporativo e quem não tem:

  • 61% dos colaboradores com programas de bem-estar avaliam seu bem-estar geral como bom ou excelente, contra 40% entre os que não têm acesso a esses programas
  • 60% relatam saúde física boa ou excelente (vs. 43%).
  • 79% afirmam que conseguem dedicar tempo ao cuidado pessoal no trabalho (vs 55%).
  • 77% sentem que as áreas de recursos humanos de suas empresas de fato se preocupam com seu bem-estar (vs 38%).
  • 90% consideram sua remuneração adequada (vs 57%).

Os dados reforçam que o bem-estar deixou de ser apenas um benefício: ele impacta diretamente a percepção de valor, engajamento e produtividade. Para as empresas, cuidar da saúde integral dos colaboradores passou a ser uma estratégia de alta performance.

“Investir em bem-estar vai além do benefício direto que o colaborador recebe. Quando uma empresa demonstra cuidado genuíno com a saúde física e emocional das pessoas, isso eleva a percepção de valor sobre tudo o que ela oferece, inclusive o salário e os demais benefícios”, afirma Ricardo Guerra, líder do Wellhub no Brasil. “O bem-estar amplifica o impacto de todos os outros investimentos que a companhia faz em seu time”.

Espaços de bem-estar substituem o happy hour e cafezinho

O estudo também destaca o papel dos chamados “terceiros espaços”, ambientes fora de casa e do escritório dedicados à convivência e ao autocuidado, como um novo pilar das relações profissionais. Esses locais, como academias, estúdios de ioga e centros de bem-estar, estão substituindo bares e cafeterias como pontos de encontro entre colegas. Mais do que locais de lazer, eles representam uma mudança cultural no modo como os trabalhadores equilibram produtividade e saúde física e emocional, transformando o bem-estar em um componente central da vida corporativa e da construção de equipes mais saudáveis.

  • 91% dos colaboradores ouvidos no levantamento afirmam que esses espaços os ajudam a lidar melhor com as pressões do trabalho
  • 74% os frequentam semanalmente, e 21% vão todos os dias
  • 22% dizem se conectar com colegas de trabalho nesses locais

Os “terceiros espaços” estão deixando de ser opcionais e passando a fazer parte de uma infraestrutura social e afetiva essencial para fortalecer o senso de pertencimento e responsabilidade entre a força de trabalho. Ainda assim, barreiras práticas e comportamentais continuam limitando o acesso: 50% apontam falta de tempo, 27% mencionam falta de motivação e 23% citam o custo. Esse cenário reforça a necessidade de políticas corporativas que tornem o bem-estar mais acessível e integrado ao dia a dia de trabalho.

Geração Z lidera adoção do bem-estar como resposta ao estresse profissional

Os jovens em início de carreira enfrentam as maiores cargas emocionais e mentais. Entre os Millennials, 56% relatam aumento do estresse; na Geração Z, o índice é de 55%, ambos acima da média global. Esses grupos também registram os sintomas mais frequentes de burnout, muitos deles várias vezes por semana.

A Geração Z está redefinindo o autocuidado no trabalho. São os maiores usuários de ferramentas digitais de bem-estar (72% utilizam aplicativos semanalmente) e os que mais valorizam a terapia: 68% afirmam que ela é fundamental para a saúde mental, contra 59% dos Millennials, 45% da Gen X e 33% dos Baby Boomers.

Essa mudança evidencia uma transformação geracional: os mais jovens rejeitam a ideia de suportar a pressão do trabalho e adotam uma abordagem estruturada e proativa de autocuidado. Eles constroem um modelo de sucesso sustentável, em que saúde mental, flexibilidade e ferramentas integradas de bem-estar se tornam partes indispensáveis da experiência no trabalho.

Bem-estar impulsiona produtividade e muda a relação com o trabalho, trazendo vantagens competitivas para empresas

De acordo com o levantamento, 89% dos profissionais afirmam ser mais produtivos quando priorizam sua saúde e bem-estar. Essa correlação mostra que programas corporativos de bem-estar estão deixando de ser uma ação de retenção e se transformando em um pilar estratégico de performance organizacional.

Empresas que utilizam plataformas completas de bem-estar têm os melhores resultados. Organizações inovadoras estão reformulando suas estratégias de benefícios, tratando o bem-estar não como custo, mas como um motor para a alta performance.

“Estamos vendo uma mudança fundamental na forma como as empresas encaram o bem-estar dos colaboradores: hoje, o bem-estar deixou de ser tratado como um benefício e se tornou um impulsionador de produtividade”, afirma Ricardo Guerra. “As empresas mais bem-sucedidas estão integrando o bem-estar à estratégia de talentos, porque funcionários saudáveis não apenas se sentem melhor, eles produzem mais, permanecem por mais tempo nas companhias e impulsionam melhores resultados.”

A pesquisa indica que investir em bem-estar representa uma das estratégias de talento com maior retorno sobre investimento (ROI), com benefícios que vão além dos indicadores tradicionais de saúde e impactam engajamento, retenção e performance mensurável.

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