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Com aumento de juros e redução na taxa de desemprego, consórcio de imóveis ganha atenção de jovens

Busca por consórcios cresce 50% desde 2019, aponta pesquisa exclusiva da SemRush e Klubi/ Foto: Unsplash
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A previsão da ABAC é que o Sistema de Consórcios cresça 8% em 2025, com destaque para um aumento de 20% no segmento de imóveis

A compra da casa própria é um dos maiores sonhos de muitos brasileiros, especialmente para o ano de 2025. Contudo, o cenário atual de altas taxas de juros, com a Selic em 12,25%, tem tornado os financiamentos imobiliários mais caros e, por isso, mais difíceis de serem acessados, especialmente por jovens da classe média, com rendas mensais entre R$ 6.510,00 e R$ 13.020,00. Esses jovens, que estão em uma faixa salarial onde os juros do financiamento são mais altos, não conseguem aproveitar as opções com taxas reduzidas, o que torna o sonho da casa própria mais distante.

A boa notícia, no entanto, é que os consórcios de imóveis oferecem uma alternativa interessante. Diferentemente dos financiamentos tradicionais, as taxas do consórcio não são afetadas pela Selic, o que torna essa modalidade uma opção mais acessível e vantajosa para quem deseja adquirir um imóvel. Os valores das parcelas devem ser calculados com cuidado conforme o perfil, o orçamento de cada cliente e a urgência na necessidade de comprar o imóvel.

O consórcio tem ganhado cada vez mais popularidade, impulsionado por diversos fatores, como o interesse em formar patrimônio, adquirir bens ou buscar uma fonte de renda futura. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), de janeiro a novembro de 2024, o total de cotas vendidas alcançou o segundo maior volume em 20 anos, com 425,32 mil adesões. A previsão da ABAC é que o Sistema de Consórcios cresça 8% em 2025, com destaque para um aumento de 20% no segmento de imóveis.

Além da alta demanda por crédito, a redução da taxa de desemprego para 6,2% também contribui para a projeção positiva. A ABAC aponta que o consórcio é uma modalidade especialmente atrativa para jovens de 18 a 30 anos, solteiros e aqueles que buscam construir patrimônio pessoal e garantir uma fonte de renda futura, diante do cenário de aposentadoria tardia e déficit previdenciário.

Luís Toscano, vice-presidente de Negócios da Embracon, destaca que “o consórcio tem se consolidado como uma alternativa inteligente para quem busca realizar o sonho da casa própria sem as pressões dos altos juros. Com a estabilidade das taxas e o crescimento da adesão entre os jovens, o consórcio se posiciona como uma solução cada vez mais procurada para a aquisição de imóveis”.

A procura pelo consórcio, especialmente entre aqueles com maior capacidade financeira, tem acelerado mudanças nas empresas administradoras de consórcios e atraído a atenção de escritórios e corretoras de investimentos, consolidando a modalidade como uma tendência crescente no mercado. A exemplo da XP que fechou parceria com a Embracon em 2024 para vendas de consórcios de imóveis.

Dicas ao entrar em um consórcio

Antes de se comprometer com um consórcio, é fundamental realizar uma simulação dos valores das parcelas e avaliar se elas não comprometerão o orçamento pessoal e familiar. Além disso, a confiança na administradora do consórcio é crucial. É recomendável verificar se a administradora está autorizada pelo Banco Central, o que pode ser feito facilmente no site da instituição. Uma dica importante é verificar o ranking de reclamações no Banco Central e observar a posição da administradora. É interessante checar se as reclamações foram atendidas e qual o tempo de resposta da empresa às demandas dos clientes.

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