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Com ciberataques em alta, prêmios de seguros do setor no Brasil avançam 11 vezes em cinco anos

Foto por: jaydeep_/ Pixabay
Foto por: jaydeep_/ Pixabay

Os crescentes crimes cibernéticos acenderam um alerta, levando as empresas a procurar, cada vez mais, apólices de seguros para mitigar esses riscos. Segundo o relatório “Cybersegurança no Brasil e no Mundo”, produzido pela corretora de resseguros Guy Carpenter com informações compiladas do mercado, no período compreendido entre 2019 e o ano passado, os prêmios de seguros dessa modalidade cresceram 11 vezes, saltando de R$ 21,4 milhões para R$ 237,5 milhões, o que representa uma alta anual média de 62%.

Já no primeiro trimestre deste ano, foram emitidos R$ 66,3 milhões em prêmios de seguros cibernéticos, dos quais 72,5% foram cedidos a resseguros.

Para o CEO da Guy Carpenter, Pedro Farme, o seguro cibernético no Brasil ainda está em seus primeiros passos, apesar de apresentar um crescimento acelerado, com tendência de ganhar tração nos próximos anos. “Com o aumento dos ataques cibernéticos no Brasil, organizações estão buscando soluções para proteger informações críticas e garantir continuidade operacional de seus negócios. O seguro é crucial para a transferência de riscos cibernéticos, e o setor está evoluindo para oferecer soluções personalizadas que atendam às necessidades específicas dos clientes, incluindo serviços de resposta a eventos”, diz.

Mecanismos de prevenção e resposta

Na análise sobre o atual panorama dos ataques, que vêm ganhando espaço também com a ampliação do uso da Inteligência Artificial Generativa, a Guy Carpenter avalia que quatro pontos são fundamentais para ampliar os níveis de segurança cibernética das empresas: detecção, prevenção, resposta e transferência de riscos. A contratação de uma apólice cyber integra esse último aspecto.

O uso desordenado da IA tem sido um fator de risco crescente, com potencial para gerar resultados adversos, que incluem a geração de desinformação e fake news, a falta de governança e segurança em aplicações da tecnologia, de acordo com análises do 20º Relatório de Riscos Globais lançado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria estratégica com a Marsh McLennan.

Histórico de ataques

Há um ano – em julho do ano passado -, aconteceu aquele que é considerado o maior ciberataque do mundo até hoje. Trata-se da interrupção de TI desencadeada por uma atualização de software malsucedida do fornecedor de segurança CrowdStrike, que paralisou milhões de sistemas Windows no mundo todo.

Fonte: análises Guy Carpenter com dados Susep
Fonte: análises Guy Carpenter com dados Susep
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