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Com previsão de queda de juros, fundos quantitativos ganham força como opção para investidor

Cassiano Leme, CEO da Constância Investimentos / Foto: Divulgação
Cassiano Leme, CEO da Constância Investimentos / Foto: Divulgação

Modelo representa hoje cerca de 40% da indústria americana de fundos. No Brasil, mais que dobrou de tamanho nos últimos anos

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registrou recentemente a sua 13ª queda consecutiva, a maior série negativa de sua história. O cenário de incertezas políticas e econômicas, tanto no Brasil quanto no exterior, tem afetado o humor dos investidores e provocado uma forte volatilidade no mercado acionário. Contudo, a renda variável deve ganhar força num futuro breve, dada a tendência de queda de juros no Brasil.

Diante desse contexto, os fundos quantitativos, em especial, os sistemáticos, com base em fatores de risco – características que qualquer ação possui, como valor, qualidade, crescimento, baixo risco e momento de preço – que utilizam modelos matemáticos e algoritmos, têm se destacado como uma alternativa interessante para quem busca diversificar a carteira de investimentos e obter retornos consistentes no longo prazo.

Os fundos sistemáticos são baseados em dados históricos e estatísticos, que permitem identificar padrões e tendências de comportamento dos ativos financeiros. Assim, eles conseguem se adaptar às mudanças de cenário e aproveitar as oportunidades de ganho, sem depender da emoção ou da intuição humana. Ademais, esses fundos também têm uma baixa correlação com os índices tradicionais de mercado, como o próprio Ibovespa, o que significa que eles podem apresentar bons resultados mesmo em períodos de crise, ou alta volatilidade.

Existem diversos tipos de fundos sistemáticos, que podem variar de acordo com o perfil de risco, o horizonte de investimento, o universo de ativos e os critérios de seleção.

Segundo Cassiano Leme, CEO da Constância Investimentos, gestora de recursos independente especializada em operações envolvendo fundos quantitativos sistemáticos, essa modalidade é uma alternativa interessante para quem busca rentabilidade com menor risco e volatilidade. “A análise quantitativa sistemática permite explorar oportunidades que os fundos tradicionais não conseguem, pois tem acesso a uma quantidade enorme de dados e pode processá-los de forma rápida e eficiente. Além disso, também elimina as emoções e os vieses que podem afetar o julgamento dos gestores humanos”, afirma.

Leme ainda destaca que o perfil de investidor adequado para os fundos quantitativos é aquele que tem uma visão de longo prazo, que aceita a lógica dos algoritmos e que confia na gestão profissional. “Não é necessário ter um conhecimento profundo de matemática ou de programação para investir em fundos quantitativos. O importante é entender o conceito e a filosofia por trás dessa modalidade e escolher um fundo que tenha uma estratégia clara e consistente”, ressalta o executivo.

O CEO da Constância Investimentos ainda reconhece que os fundos quantitativos são uma novidade no Brasil e que há um certo receio por parte dos investidores em relação a essa modalidade. No entanto, ele acredita que isso vai mudar com o tempo, à medida que os fundos forem mostrando seus resultados e sua solidez. “No Estados Unidos, onde já há uma cultura nessa modalidade, os fundos quantitativos representam mais de 40% do total da indústria de fundos. Isso mostra que há um potencial enorme para o crescimento dessa modalidade no Brasil, que ainda está engatinhando”, afirma.

Para ele, o que falta para o Brasil aderir à modalidade é uma mais divulgação e educação sobe como esses fundos funcionam, além de mais ofertas. “A Constância Investimentos é uma das pioneiras nesse segmento no Brasil e tem como missão democratizar o acesso aos fundos quantitativos sistemáticos. Nós oferecemos fundos com diferentes perfis de risco e retorno, que atendem às necessidades e aos objetivos de cada investidor, sempre buscando inovar e aprimorar nossos algoritmos”, conclui.

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