Setor que registrou a maior expansão no período foi o de “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios” (1,6%)
Em janeiro, conforme o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, o varejo físico brasileiro registrou crescimento de 0,3%, em comparação a dezembro de 2024. Para a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, “apesar de uma leve alta de 0,3% em janeiro, houve uma desaceleração no ritmo de crescimento nos últimos três meses, refletindo as dificuldades impostas pela inflação mais alta e que começa a impactar o poder de compra da população”. Veja, o levantamento dos últimos 12 meses, no gráfico a seguir:
A economista projeta uma desaceleração mais evidente no segundo semestre e acrescenta que “a política de elevação de juros, em resposta ao cenário inflacionário, deve provocar um arrefecimento mais evidente das atividades de varejo sensíveis ao crédito ao longo de 2025”.
Setor de “Tecidos, Vestuário, calçados e Acessórios” puxou alta no período
Na análise setorial do indicador, o segmento de “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios” se destacou apresentando crescimento de 1,6%. O setor de “Veículos, Motos e Peças” teve a maior retração em janeiro, de -3,6%. Confira todos os setores no gráfico abaixo:
Variação anual teve aumento de 5,3%
No comparativo entre janeiro deste ano e o mesmo mês de 2024, o crescimento da atividade do comércio físico foi de 5,3%. Veja, a seguir, a variação anual do indicador com histórico dos últimos 12 meses:
Nesse cenário, foi o setor de “Veículos, Motos e Peças” que teve a maior expansão (12,4%), seguido por “Combustíveis e Lubrificantes” (6,3%), “Material de Construção” (5,2%), “Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas” (3,5%), “Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática” (2,3%) e “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios” (1,6%).
Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6.000 estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados. Para a formação da série agregada do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na Pesquisa Mensal de Comércio – Varejo Ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.