Setor de “Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática” impulsionou o crescimento
As vendas do varejo físico brasileiro cresceram 3,8% em 2023, conforme apontou o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. Esse resultado representa uma alta de 2,9 pontos percentuais se comparado ao ano anterior, quando o índice foi de 0,9%. O desempenho também representa o terceiro ano de alta consecutiva, após o tombo de -12,2% apontado em 2020. Confira, no gráfico a seguir, a evolução dos últimos 10 anos:
“O resultado do comércio em 2023 revelou um progresso superando os 0,9% de 2022, embora tenha ficado aquém da expansão de 4,9% observada em 2021. Este resultado positivo, mesmo diante das taxas de juros elevadas, é atribuído à concomitante redução da inflação e do desemprego. Contudo, é impossível não ponderar que poderíamos ter tido um ano melhor se as taxas de juros tivessem iniciado sua trajetória decrescente antes de agosto do ano passado”, comenta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Ainda segundo o estudo, na visão por setores, “Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática” puxou a alta das vendas do varejo físico, com avanço de 7,1%, seguido por “Combustíveis e Lubrificantes” (6,6%), depois “Veículos, Motos e Peças” (2,8%), “Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas” (2,0%), “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios” (1,1%), e “Material de Construção” (0.7%). Confira o comparativo anual por segmentos no gráfico a seguir:
Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6.000 estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados. Para a formação da série agregada do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na Pesquisa Mensal de Comércio – Varejo Ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.