Como cloud e IA estão moldando o futuro do segmento financeiro

FCamara / Divulgação Armindo Sgorlon é CEO da SGA, empresa do grupo FCamara
FCamara / Divulgação Armindo Sgorlon é CEO da SGA, empresa do grupo FCamara

A computação em nuvem deixou de ser apenas uma tendência para se consolidar como o alicerce da modernização no setor de finanças. Segundo a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2025, realizada pela Deloitte, 89% dos bancos planejam ampliar seus investimentos em cloud computing ainda neste ano, um número que por si só já demonstra a relevância dessa tecnologia. Mais do que acompanhar a transformação digital, estas instituições reconhecem que operar em ambientes virtuais significa ganhar em agilidade, competitividade e segurança, essenciais em um mercado que exige respostas rápidas e inovação constante.

Esse crescimento está diretamente ligado ao avanço acelerado da inteligência artificial generativa (GenIA), que se tornou protagonista na digitalização dos serviços financeiros. A conexão entre essas tecnologias fica clara no relatório “2025 Banking and Capital Markets Outlook”, também da Deloitte, que aponta que 62% das organizações que já aplicam GenIA de forma madura estão ampliando suas estruturas baseadas em nuvem. Não é coincidência: algoritmos sofisticados demandam ambientes computacionais robustos, flexíveis, escaláveis e capazes de processar grandes volumes de dados em tempo real, características que a nuvem entrega com excelência.

Além disso, a motivação para essa jornada digital também mudou. Se antes a inovação era o principal motor da transformação, hoje fatores econômicos ganharam protagonismo. A economia de recursos, antes secundária, está entre os três principais impulsionadores da adoção da nuvem. Esse amadurecimento estratégico reforça a importância de uma operação inteligente que, além de moderna, entregue resultados mensuráveis: mais eficiência, menos desperdício e maior valor por cada real investido.

Na prática, o setor financeiro passa por uma reconfiguração completa do seu modelo operacional. A migração para plataformas em nuvem, combinada a soluções inteligentes, tem automatizado tarefas repetitivas, integrado fontes diversas de dados e acelerado a resposta a exigências regulatórias e do mercado. A mesma pesquisa da FEBRABAN revela que 82% das transações bancárias já ocorrem por canais digitais. O Pix, por exemplo, registrou 25 bilhões de operações em 2024, um crescimento de 41% em relação ao ano anterior.

Esse movimento, porém, vai além da tecnologia; é uma mudança estrutural. Ele redefine a maneira como as instituições bancárias inovam, operam e competem. Nesse novo cenário, a combinação entre cloud computing e inteligência artificial não só potencializa a transformação digital, mas cria um ciclo virtuoso de eficiência contínua: a nuvem oferece uma base elástica e segura, enquanto a IA — aplicada também à operação — antecipa falhas, acelera respostas e otimiza custos.

Essa convergência está redefinindo o papel da Tecnologia da Informação nas organizações financeiras. A TI, que por muito tempo foi vista apenas como suporte, agora assume o papel de motor estratégico da inovação e da confiabilidade. Essa transformação, no entanto, só é sustentável com um modelo operacional robusto e inteligente, que inclua observabilidade 24×7 integrada, automação via Infraestrutura como Código (IaC), análise de causa raiz apoiada por IA generativa, compliance como código e gestão financeira em tempo real por meio do FinOps.

A experiência bancária do futuro será moldada por essa integração. Para os clientes, isso se traduz em serviços mais rápidos, personalizados e seguros. Para os bancos, representa uma oportunidade real de reinvenção técnica e financeira. No Brasil, essa realidade já está presente. O desafio agora é escalar essa transformação com inteligência operacional e visão de longo prazo.

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