Uma nova versão do Sistema de Registro de Operações (SRO) entrará em vigor em março de 2026, devido a uma mudança regulatória da Superintendência de Seguros Privados (Susep), exigindo que seguradoras adequem seus sistemas para enviar apólices, atualizar bases de dados e compartilhar informações importantes do ciclo de vida do seguro. Apesar do prazo ainda estar longe, há muito a ser feito para essa adequação do ponto de vista de infraestrutura tecnológica, por isso já é o momento do setor se antecipar para evitar advertências, notificações formais e multas que podem chegar a R$ 1 milhão.
Para essa nova fase estão sendo lançados 22 novos leiautes e a nova versão do SRO vai incluir ainda mais informações detalhadas sobre seguros, previdência, capitalização e resseguros, ficando a Susep responsável por regular os layouts de arquivos e quais os ciclos de apólices que devem ser enviados. A mudança exigida permitirá a entrega de informações de forma mais organizada, com o compartilhamento de dados sobre os seguros para que a Susep tenha uma visão real do risco das seguradoras. O objetivo é ampliar a transparência do setor de seguros e fortalecer a supervisão baseada em risco. Além disso, o novo SRO se conecta ao movimento mais amplo de open insurance, alinhado às transformações do open finance no Brasil.
De acordo com Vitor Sousa, cofundador e Chief Customer Service da Digibee, plataforma de integrações inteligentes, a adequação ao SRO v3 exige mais do que conectar sistemas. “Exige orquestrar fluxos de dados críticos em tempo real, com rastreabilidade completa e flexibilidade para mudanças futuras. É exatamente aqui que a Digibee entra e se diferencia. Com nossa plataforma de integração (iPass), contribuímos para que as seguradoras atendam a regulação com investimentos baixos e possam cumprir os prazos do regulador, sem ou com muito pouco, alterações nos sistemas de origem”, afirma.
O especialista reforça a importância da integração de sistemas para facilitar a busca de dados e envio de informações de maneira correta. “A integração processa as informações, busca dados em diversas fontes e formatos (bancos, APIs, etc), gerando um arquivo na configuração esperada pelo órgão regulador, validando e compartilhando com a registradora escolhida pelo cliente”, explica Vitor, que também afirma ser possível controlar o sucesso e os erros das validações, atualizando a base de controle de acordo com as respostas da registradora, o que permite ao cliente ter uma visão em tempo real do processo.
Na prática, isso significa que um dado de apólice armazenado nos sistemas das seguradoras pode ser capturado pela Digibee, validado em tempo real, transformado no layout exigido e só então enviado à registradora. Em projetos recentes, esse processo permitiu que seguradoras destinassem a maior parte do tempo de homologação a testes e ajustes de qualidade, em vez de gastar recursos na construção dos fluxos de dados.
A não conformidade regulatória pode custar caro. Se o descumprimento estiver relacionado a operações sem autorização, a multa pode ser igual ao valor segurado ou ressegurado. Outra penalidade é a seguradora ser impedida de operar temporariamente e o responsável pela infração ser inabilitado para o exercício de cargos de administração em entidades do setor.
“Conseguimos que as seguradoras garantam a conformidade com o SRO V3 em até 30 dias. Além disso, temos total flexibilidade de processamento em lote ou tempo real e a capacidade de buscar dados em diferentes fontes. O SRO v3 não é apenas um requisito legal. É um teste de maturidade tecnológica e de governança para as seguradoras. Com a Digibee, a jornada de conformidade ao SRO v3 se transforma em alicerce de inovação e reputação para o futuro do mercado de seguros”, conclui.
