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Como se preparar para sair do aluguel e comprar um imóvel em 2025?

Especialistas respondem principais dúvidas sobre consórcio / Foto: Freepik
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Veja estratégias financeiras e opções de financiamento para conquistar a casa própria

Os brasileiros têm convivido com a alta do valor dos aluguéis nos últimos anos. De acordo com o Índice FipeZap, o preço médio das locações residenciais subiu 13,5% em 2024, alcançando R$ 48,12 por metro quadrado. O aumento é superior ao da venda de imóveis, que subiu 7,7% no mesmo período. O estudo mostra, ainda, que, no acumulado dos últimos três anos, a alta dos aluguéis chegou a 53,6%, ultrapassando a inflação.

Diante desse cenário, muitas pessoas estão buscando maneiras de sair do aluguel e investir na casa própria em 2025. Segundo levantamento da Brain Inteligência Estratégica, realizado no terceiro trimestre de 2024, 46% dos brasileiros declararam que pretendem adquirir um imóvel no prazo de dois anos.

No entanto, antes de tomar qualquer decisão, o planejamento financeiro é fundamental para garantir que a compra de um imóvel não traga surpresas, conforme alerta a Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin).

É preciso definir um orçamento claro, o que inclui calcular quanto será destinado à entrada e ao pagamento das parcelas, além de considerar outros custos, como reformas, documentação e taxas, como o IPTU e o condomínio, quando aplicável.

Em entrevista à imprensa, a planejadora financeira da Ágora Investimentos, Sarai Molina, recomenda que, em um financiamento, as parcelas não comprometam mais de 30% da renda mensal do comprador. Ela sugere acumular de reserva uma quantia maior para oferecer de entrada, reduzindo, assim, o montante que será financiado.

Outra recomendação é conhecer os gastos da região onde o imóvel está localizado. Áreas com alta demanda, geralmente, apresentam custos elevados com água, gás e tributos municipais, como o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

Uma das principais características do mercado imobiliário é a dinamicidade. As condições de compra, as políticas econômicas e as oportunidades de investimento mudam constantemente, exigindo que compradores e investidores estejam sempre atentos às novidades para tomar decisões informadas.

Leilão de imóveis pode ser opção para economizar

Em 2024, o mercado de leilões registrou aumento no número de propriedades arrematadas. Dados da Caixa Econômica Federal mostram que, apenas no primeiro semestre do ano, 44 mil imóveis foram leiloados, superando a soma dos dois anos anteriores, cerca de nove mil, em 2022, e 23 mil, em 2023.

Imóveis leiloados podem ser arrematados por valores até 80% menores em relação aos praticados no mercado tradicional, segundo estimativas do Jusbrasil, sendo uma alternativa para aqueles que desejam economizar. São duas as modalidades: os leilões judiciais e os extrajudiciais.

Para quem ainda tem dúvidas sobre o que são leilões judiciais e quais as suas diferenças para a outra modalidade, o Jusbrasil explica que a principal distinção é a disposição em que os bens são colocados para leiloar. Nos primeiros, os bens colocados à venda foram apreendidos ou penhorados em decorrência de um processo na Justiça.

Já os leilões extrajudiciais são feitos por empresas privadas, e não há necessidade de ação judicial. A venda pode ocorrer por diferentes razões, sendo uma delas a não quitação de uma dívida em que uma propriedade foi colocada como garantia ou, ainda, quando um proprietário quer vender seu bem rapidamente e coloca em um leilão por conta própria.

Outra vantagem dos leilões é que eles acontecem tanto presencialmente, quanto remotamente, facilitando o acesso. Pessoas que desejam participar de leilão de imóveis em Fortaleza, por exemplo, podem fazer isso de diferentes regiões do Brasil, de maneira on-line.

Contudo, é preciso ter cuidado antes de tomar qualquer decisão. O comprador deve avaliar atentamente o edital, que traz informações sobre a condição do imóvel, sua localização e as formas de pagamento. O planejamento financeiro continua sendo essencial nesse processo, uma vez que existem taxas e outros custos envolvidos na transação.

Financiamento ou consórcio?

Existem diversas formas de viabilizar a compra de um imóvel, sendo o financiamento imobiliário uma das mais comuns. No entanto, é importante simular diferentes opções de crédito e comparar as condições oferecidas pelos bancos.

As taxas de juros podem variar de 2,9% a 10%, segundo a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), o que impacta diretamente o valor final do financiamento. Outra alternativa que pode ser interessante é o consórcio imobiliário, sugerido pelo consultor financeiro Rafael Gonçalves.

Em entrevista à Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gonçalves sugere que 2025 pode ser um bom ano para iniciar um consórcio, acumulando os recursos necessários para dar um lance ou até mesmo pagar a entrada de um financiamento em um momento mais propício.

Ele recomenda que as pessoas sempre busquem mais de uma cotação, seja ela de consórcio ou financiamento, tendo em vista que as pequenas variações nas taxas podem impactar significativamente o custo do imóvel. “Pesquisar em sites de compra e aluguel de imóveis é de grande ajuda também, para saber qual o valor médio pedido no mercado”, acrescenta.

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