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Confiança do consumidor paulista sobe em agosto, mas segue no campo pessimista, aponta ACSP

Foto por: Kaique Rocha/ Pexels
Foto por: Kaique Rocha/ Pexels

Apesar do terceiro aumento mensal no ano, índice segue abaixo dos 100 pontos e reflete queda nas expectativas sobre renda e emprego

O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), registrou 97 pontos em agosto. O resultado representa uma alta de 2,1% em relação a julho, marcando o terceiro avanço mensal do ano. No entanto, na comparação com agosto de 2024, houve queda de 8,5%, mantendo o indicador no campo pessimista, abaixo da linha dos 100 pontos.

A recuperação parcial da confiança foi impulsionada, principalmente, pelas famílias das classes AB, que apresentaram melhora no índice. Em contrapartida, houve retração entre consumidores da classe C e estabilidade entre os da classe DE.

Pela primeira vez, o levantamento trouxe o recorte por gênero, apontando avanço na confiança tanto entre homens quanto entre mulheres.

Na percepção atual, os entrevistados relataram leve melhora em relação à própria situação financeira. Contudo, a segurança no emprego recuou e as expectativas futuras relacionadas à renda e ao mercado de trabalho se deterioraram.

Esse cenário impactou diretamente o comportamento dos consumidores, que indicaram menor disposição para adquirir itens de maior valor, como imóveis e veículos, além de bens duráveis, como eletrodomésticos. Também foi registrada redução no interesse em investir para o futuro.

Capital segue tendência, com leve alta na confiança

Na cidade de São Paulo, o Índice de Confiança do Consumidor (ICCSP) atingiu 89 pontos em agosto, alta de 2,3%, em relação a julho, mas queda de 6,3% frente ao mesmo período de 2024. Apesar do avanço mensal, o indicador permanece no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).

A evolução da confiança na capital apresentou resultados mistos, entre as classes socioeconômicas: alta para os entrevistados das classes AB e C, e estabilidade na classe DE. No recorte por gênero, houve leve queda da confiança entre as entrevistadas do sexo feminino e melhora significativa para o sexo masculino.

Também houve melhora das percepções em relação à situação atual, apesar da redução da segurança no emprego. Já as expectativas futuras para emprego e renda pioraram. Nesse contexto, a maioria dos entrevistados mostrou menos interesse em adquirir bens de maior valor e duráveis, embora tenha sido registrado aumento na disposição para investir.

Em resumo, tanto o ICCP quanto o ICCSP registraram alta em agosto, mas ainda acumulam quedas em relação ao ano anterior e permanecem abaixo da marca dos 100 pontos, mantendo-se no campo pessimista.

Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o avanço recente na confiança pode estar relacionado à resiliência do mercado de trabalho. “O crescimento do emprego e da renda pode ter contribuído para a melhora na percepção da situação atual. No entanto, à medida que a desaceleração econômica, provocada pela elevada taxa básica de juros (Selic), se intensifique nos próximos meses, é possível que a confiança volte a ser impactada negativamente”, avalia Ruiz de Gamboa.

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