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Confiança do consumidor tem nova queda em março, aponta levantamento da ACSP

Confiança do consumidor tem nova queda em março, aponta levantamento da ACSP / Foto: Freepik
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INC, elaborado pela PiniOn a pedido da Associação Comercial de São Paulo, registrou redução de 2,8%; Para economistas, retração é reflexo da inflação e da redução da segurança no emprego

Apesar da retração pelo segundo mês consecutivo, a pesquisa não indica o fim da tendência crescente da confiança do consumidor, já que ela ainda se mantém no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.700 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior do País.

Assim como em fevereiro, a diminuição do INC ocorre praticamente em todas as regiões, desta vez com exceção do Nordeste, onde o índice registrou estabilidade. Na análise por classes sociais, se observam reduções nas confianças das classes AB e C, além de estabilidade para a classe DE.

Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, não é boa a percepção das famílias. ”Se aprofundou uma percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira atual, com nova diminuição na segurança no emprego. Além disso, as expectativas positivas sobre a situação financeira futura das famílias e as evoluções do País e da região de moradia apresentaram relativo recuo em relação a fevereiro”, explicou.

A deterioração da percepção sobre a situação atual e o menor otimismo em relação ao futuro também se refletiram na relativa estabilidade da proporção de entrevistados interessados em comprar itens de maior valor como carro, casas e bens duráveis, tais como geladeira e fogão ou realizar investimentos.

A continuidade da desaceleração da atividade econômica, reduzindo a geração de empregos, e a inflação ainda elevada, que corrói a renda das famílias, explica esse resultado que, entretanto, ainda não é indicativo de mudança na tendência crescente exibida pela confiança do consumidor desde maio de 2021.

Ainda para Ruiz de Gamboa, “a evolução futura continuará a depender do desempenho da economia durante os próximos meses. As incertezas provocadas pela demora do Governo Federal em definir o novo arcabouço fiscal aumentam as expectativas da inflação, dificultando a redução da taxa básica de juros (SELIC) e a possível geração de crescimento mais vigorosa da atividade econômica”, complementa.

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