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Consensys traz a segunda edição de pesquisa global sobre Web3 e criptomoedas

Decisão do Banco Central sobre juros é injustificável, afirma presidente da CNI/ Foto: Freepik
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Entre outras revelações, 84% dos entrevistados brasileiros acreditam que as Big Techs concentram poder demais e a região brasileira que mais investe em cripto é o Nordeste

Hoje, a Consensys, a empresa líder de software blockchain e web3 por trás da MetaMask, a carteira digital de autocustódia, traz os resultados de sua segunda pesquisa de opinião global sobre criptomoedas e web3, realizada on-line pelo grupo internacional de tecnologia de pesquisa e análise de dados YouGov. Dando seguimento ao relatório inicial publicado em 2023, a Consensys ampliou o escopo da pesquisa, entrevistando mais de 18000 indivíduos com idades entre 18 e 65 anos em 18 países da África, das Américas, da Ásia e da Europa.

Os dados trazem muitos insights sobre as percepções e práticas dos Brasileiros em relação às criptomoedas e à privacidade e segurança na internet.

  • O Nordeste lidera na adoção de criptomoedas: De acordo com a pesquisa, 43% dos brasileiros afirmaram que já investiram ou possuíam criptomoedas, um aumento de dois pontos percentuais em relação ao ano passado. Esse número está acima da média mundial de 42% – O campeão mundial é a Nigéria, onde 73% das pessoas dizem que já compraram criptomoedas. No Brasil, a região Nordeste está no topo da lista, com 45,3% de investidores, seguido pelo Sul (43,4%), Sudeste (40,7%), Norte (40,2%) e Centro-Oeste (38%). O percentual de investidores ativos – aqueles que atualmente possuem criptomoedas-é de 16% no Brasil e 17,3% no Nordeste.
  • Cripto como meio de inclusão financeira: o estudo revela que as criptomoedas são mais populares em regiões economicamente desfavorecidas do Brasil e do mundo, o que mostra seu potencial significativo como ferramenta de inclusão financeira. Mesmo aqueles sem acesso a um sistema bancário tradicional podem encontrar oportunidades no mercado cripto. De fato, quando questionados sobre as razões para se tornarem investidores, 28% dos brasileiros que já investiram em criptomoedas apontam para terem sido excluídos do sistema financeiro tradicional como seu motivador importante primário. Esse número mostra um aumento de 26 pontos percentuais em comparação aos resultados do ano passado.
  • Conscientização sobre cripto no Brasil: Em comparação com a média global de 93%, 96% dos brasileiros ouviram falar de criptomoedas e 56% dizem ter uma boa compreensão do que se trata (contra 52% globalmente). Mais de um terço (35%) também acredita que as criptomoedas são um caminho para uma internet mais centrada na privacidade, um aumento de 23% em relação ao ano passado. É também mais que o dobro da média mundial (16%).
  • Cripto é percebido como sustentável: 56% dos brasileiros acreditam que as criptomoedas são ecologicamente corretas, um valor bem acima da média mundial de 40%. Além disso, 64% dizem que, entre as criptomoedas, O Bitcoin é o mais ambientalmente correto.
  • Investidores anteriores querem retornar: Em relação ao futuro, 47% responderam que estão considerando investir em criptomoedas nos próximos 12 meses. Com um detalhe interessante: entre os brasileiros que já compraram criptomoedas, esse número sobe para 70%.
  • Preocupação com as Big Techs: 80% dos entrevistados em todo o mundo concordam que as grandes empresas de tecnologia, como as que dominam os mecanismos de busca e as redes sociais, têm demasiado poder. Este sentimento é ainda mais forte no Brasil, onde 84% partilham esta opinião. Estas respostas podem indicar preocupações sobre a forma como a web2 se desenvolveu e um potencial interesse em alternativas. No entanto, o termo web3 – referindo–se à futura Internet descentralizada – ainda é relativamente novo, com apenas 16% dos brasileiros familiarizados com o conceito.
  • A privacidade é muito valorizada: Os brasileiros valorizam muito a privacidade de seus dados, algo que é considerado muito importante para 74% dos entrevistados. Além disso, 67% afirmam que gostariam de ter mais controle sobre a sua identidade na internet. Por fim, 33% concordam que as grandes plataformas de redes sociais devem ser descentralizadas.
  • Crença na necessidade de mudança no sistema financeiro e bancário tradicional: Apenas 2 em cada 10 brasileiros concordam que os sistemas financeiro e bancário tradicional funcionam bem. Quase 5 em cada 10 acreditam que os sistemas funcionam, mas podem ser melhorados. Enquanto isso, 2 em cada 10 pensam que os sistemas financeiro e bancário precisam de ser completamente reconstruídos desde o princípio.
  • Um desejo possuir do que você constrói: a pesquisa também explora a relação das pessoas com a propriedade na internet. Globalmente, 78% das pessoas acreditam que devem possuir o que criam online. In Brasil, o número é de 78%, perdendo apenas para a Nigéria e África do Sul. Metade das pessoas (50%) está convencida de que agregam valor à internet – ainda mais no Brasil, onde estão em 55%. Por outro lado, apenas 39% consideram que são compensados de forma justa pelas suas contribuições (no Brasil, apenas 35%).

Joseph Lubin, cofundador da Ethereum e fundador e CEO da Consensys, afirma: “O papel fundamental do blockchain e da descentralização no aprimoramento da privacidade, da confiança e da transparência na forma como nossos dados são gerenciados não pode ser exagerado. Nossa última pesquisa não apenas destaca a importância crescente da privacidade de dados, com 83% dos entrevistados enfatizando sua importância, mas também lança luz sobre preocupações generalizadas sobre exploração e desinformação, uma questão premente em meio às eleições globais e à adoção generalizada da IA.”

“Todos os anos, continuamos a ver um impulso positivo para o crescimento e a adoção de criptomoedas, blockchain e web3 – a web re-descentralizada. 2024 foi um ano monumental para as criptomoedas por vários motivos, que estão convergindo rapidamente para mover a sociedade e a direção certa defendida pelo ecossistema web3, em direção a uma agência econômica, social e política muito maior para todas as pessoas e comunidades. A recente eleição presidencial dos EUA pode levar a uma clareza regulatória significativa, por exemplo. À medida que o mundo abraça o potencial da descentralização e das criptomoedas, nosso setor está pronto para apoiar e capacitar a próxima onda de usuários por meio da educação e da inovação, ao mesmo tempo em que resolve alguns dos desafios mais complexos do mundo”, acrescenta Lubin.

sumário executivo para o Brasil e o relatório internacional podem ser baixados neste link.

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