Consórcios se consolidam como alternativa, seja para aquisição de bens ou no planejamento para crescimento patrimonial o em meio à expansão no Ceará
O consórcio tem deixado de ser visto apenas como uma forma parcelada de adquirir bens para se consolidar como uma importante ferramenta dentro de um planejamento financeiro, impulsionando os investimentos, estimulando a disciplina financeira e a formação de patrimônio. O modelo, que já era tradicional no Brasil, tem atraído cada vez mais empresas e investidores que buscam alternativas de compra, sem os altos juros do financiamento e sem abrir mão da rentabilidade da carteira, no caso da compra à vista.
Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) apontam que o setor alcançou 2,46 milhões de cotas vendidas no primeiro semestre de 2025, o maior volume da série histórica. Apenas entre janeiro e abril deste ano, foram 1,61 milhão de novas adesões, número que representa um crescimento de 19,3% em relação ao mesmo período de 2024. A expansão é puxada especialmente pelos segmentos de imóveis e eletroeletrônicos, que registraram avanços de 41% e 119,5%, respectivamente.
O Ceará tem registrado desempenho ainda mais expressivo. No primeiro trimestre de 2025, o estado alcançou uma alta de 35,8% nas vendas de consórcios em comparação ao mesmo período do ano anterior, consolidando-se como um dos mercados mais ativos do país. Especialistas apontam que o crescimento reflete tanto o interesse de investidores locais quanto o fortalecimento econômico da região, impulsionado por políticas públicas e pelo aumento da confiança no planejamento financeiro de longo prazo.
“O consórcio deixou de ser apenas uma alternativa ao financiamento tradicional e hoje é uma ferramenta estratégica para quem deseja construir patrimônio com segurança e planejamento”, avalia Edilza Nunes, especialista Start de Consórcio . Segundo ela, empresas e investidores têm reconhecido a modalidade como um caminho de diversificação e de disciplina financeira, já que não envolve cobrança de juros, mas sim taxa de administração.
O cenário de juros ainda elevados e a busca por instrumentos de médio e longo prazo ajudam a explicar a popularidade do modelo. Para muitos investidores, o consórcio funciona como uma forma programada e planejada que, garante acesso a bens de maior valor e, ao mesmo tempo, preserva a liquidez e rentabilidade em outras frentes.
Especialistas apontam ainda que, à medida que cresce o número de adesões, os consórcios passam a ocupar um espaço mais relevante no mercado financeiro nacional, ampliando o debate sobre seu papel como alternativa segura e planejada de aquisições de bens e serviços.