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Consórcios batem recordes no Brasil: o que explica este crescimento?

Foto: Guilherme Carrasco, vice-presidente executivo da Ademicon / Divulgação
Foto: Guilherme Carrasco, vice-presidente executivo da Ademicon / Divulgação

Por Guilherme Carrasco, vice-presidente executivo da Ademicon

Em meio a um cenário econômico de incertezas, tanto nacional quanto internacional, os brasileiros têm buscado formas mais seguras e sustentáveis de adquirir bens. Essa mudança de comportamento tem impulsionado o crescimento expressivo do mercado de consórcios, que acaba de registrar seu melhor resultado em duas décadas.

De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o setor movimentou R$ 222 bilhões no primeiro semestre de 2025, registrando um aumento de 30,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em cotas, foram comercializadas 2,46 milhões, resultado que fica 17,1% acima das 2,10 milhões contabilizadas em 2024. Trata-se de um marco histórico, mas não por acaso.

Esse salto nos indicadores é reflexo direto de um consumidor mais atento à importância do planejamento. Diante de taxas de juros elevadas no crédito tradicional, inflação ainda resistente e uma maior consciência sobre o endividamento, o consórcio tem se consolidado como uma alternativa estratégica para quem deseja adquirir bens de forma mais econômica e sem comprometer sua saúde financeira.

Ao mesmo tempo, o produto vem se modernizando, e essa talvez seja uma das principais razões para sua expansão. O consórcio está perdendo a imagem de “produto dos nossos avós”, muitas vezes associado apenas à compra de carros, para assumir um papel mais amplo nas finanças dos brasileiros. Hoje, é uma ferramenta usada tanto como crédito quanto investimento, para adquirir imóveis, potencializar negócios, contratar serviços, realizar sonhos pessoais ou até diversificar o patrimônio. E neste sentido, a digitalização também é fundamental para o reposicionamento: ao permitir que a jornada do cliente seja online, o processo de contratação e gestão ficou mais ágil, simples e transparente.

Além disso, observa-se uma mudança no perfil do consorciado. O número de jovens que optam por essa modalidade como forma de começar a construir um futuro financeiro mais sólido, sem se endividar, vem crescendo ao longo do tempo. Também é cada vez mais comum o uso do consórcio como instrumento de investimento, sobretudo entre pequenos empreendedores e profissionais autônomos.

Assim, o que antes era visto como uma opção limitada e conservadora, hoje é entendido como um produto financeiro versátil, moderno e alinhado com a realidade de quem quer consumir de maneira planejada. E sob esta ótica, o consórcio não apenas acompanha essa mudança de comportamento como também a estimula, promovendo uma cultura de disciplina e consciência do consumo.

Por fim, seja para quem deseja buscar a realização de um sonho pessoal, ou para quem procura soluções de investimento, o consórcio é uma escolha inteligente, e os recordes de crescimento são apenas uma consequência natural dessa evolução.

*Guilherme Carrasco é vice-presidente executivo da Ademicon, economista com MBA em Finanças pela Universidade Federal do Paraná. Possui ampla experiência no mercado financeiro e de capitais, com passagens por Itaú Unibanco, Aqua Capital e Positivo Tecnologia.

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