Disciplina, parcelas acessíveis e alternativas para quem inicia a vida adulta tornam o consórcio uma escolha estratégica
A entrada na vida adulta traz novos desafios financeiros, como conquistar independência, adquirir o primeiro carro, uma moto ou planejar a compra de um imóvel. Para jovens que estão completando 18 anos ou iniciando a universidade, o consórcio pode ser uma alternativa acessível e estratégica.
O consórcio contribui também para a disciplina financeira desde cedo, segundo André Duarte, cofundador da Lojacorr e diretor geral do Consórcio Lojacorr. “É uma excelente opção para quem está começando a vida financeira, porque a pessoa se obriga a ter um compromisso. Quando o jovem destina parte da sua renda mensal a uma parcela de consórcio, já começa a desenvolver disciplina e planejamento”, afirma.
Na prática, os consórcios exigem que a pessoa tenha uma renda em que as parcelas não ultrapassem 30% de seu rendimento mensal. Nisso, o jovem precisa avaliar se a prestação cabe no bolso. “Hoje já existem formatos que permitem iniciar com parcelas menores e fazer upgrade no valor da carta de crédito no momento da contemplação, seja para automóveis ou imóveis”, explica Duarte.
O consórcio de motocicletas é um dos mais procurados por jovens que buscam mobilidade com custos reduzidos. “Este tipo de consórcio é muito forte no Brasil, porque o financiamento integral acaba saindo muito caro. Ao optar pelo consórcio, o jovem consegue se planejar, pagar menos e evitar a ansiedade do imediatismo”, destaca o diretor.
Outra possibilidade é o consórcio de serviços, que pode incluir procedimentos médicos ou estéticos (como uma rinoplastia, por exemplo). Nesses casos, a exigência de comprovação de renda é maior: o contratante precisa comprovar renda de quatro vezes o valor da parcela. E geralmente este é um tipo de consórcio que costuma ser assumido pelos pais. Segundo Duarte, como não requer um bem para ser colocado em garantia, precisa comprovar o valor maior da parcela.
A partir dos 18 anos, o consórcio já pode estar em nome da pessoa. Mesmo para quem tem renda variável, estágio ou atuação como MEI, o consórcio é viável. O importante é comprovar a capacidade de pagamento. No caso de quem tem MEI, a comprovação pode ser via declaração de imposto de renda. Até mesmo trabalhadores informais podem optar pelo consórcio, desde que sejam informais com renda frequente, e um dos documentos que podem ajudar a comprovar isso é o extrato bancário. Ter capacidade de pagamento é fundamental, principalmente depois de ser contemplado no consórcio.
Em um exemplo prático, uma carta de crédito para moto de R$ 20 mil tem parcelas em torno de R$ 478 por mês, valor que pode caber no orçamento de quem está começando a vida financeira. “O tempo é fundamental no consórcio. Muitas vezes, quem opta pelo financiamento por achar que demora, acaba pagando mais caro e leva mais tempo para adquirir um bem. Já quem escolhe o consórcio desde o início, pode ser contemplado por sorteio ou lance e conquistar o bem de forma mais planejada”, conclui o diretor.