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COOPERATIVISMO DE TRANSPORTE: Com aumento nos indicadores financeiros, ramo reúne 100 mil cooperados

Oferecendo um caminho para a organização, profissionalização e liberdade dos pequenos e médios transportadores brasileiros, o Ramo Transporte do cooperativismo tem mais de 20 anos e reúne 982 cooperativas e cerca de 100 mil cooperados em todo país. Essas cooperativas prestam serviços de transporte de cargas ou passageiros, em que os cooperados são donos ou têm permissão para uso do veículo.

Um exemplo é o da Cooperativa de Taxi Industrial de Camaçari, Cooper Elite – uma das 33 coops do ramo espalhadas pela Bahia. Fundada em 2008 para suprir a demanda das empresas no Polo Industrial da cidade, a Cooper Elite colabora com a economia local no transporte de passageiros e de materiais. São, em média, cinco mil viagens realizadas por mês.

“Nos momentos de horas extras das empresas, os colaboradores que estendem um pouco o horário, consequentemente, acaba surgindo o serviço de táxi. E aí entra a nossa atuação. O diferencial da cooperativa acaba sendo por funcionar 24 horas, ter um atendimento sempre que o cliente precisa”, destaca Cid Ferreira de Jesus, diretor presidente da Cooper Elite.

No segmento de transporte de cargas, a Cooperativa dos Transportadores de Luís Eduardo Magalhães, CoopGNP, desenvolve um trabalho com mais de 1,3 mil pessoas, entre cooperados e empregados. “A nossa visão é que o nosso cooperado tenha mais resultados. Então, buscamos contratos, negociações boas. E todas são para o nosso cooperado, não visamos sobras (lucro) em cima disso, mas sim poder ofertar um serviço de qualidade com mais rendimento para o nosso cooperado”, ressalta o presidente da cooperativa, Fernando Scapini.

A área de atuação da CoopGNP compreende a região do Matopiba, que abrange áreas dos estados do Maranhão (MA), Tocantins (TO), Piauí (PI) e Bahia (BA) e é considerada uma das grandes e promissoras fronteiras agrícolas nacional, especialmente no cultivo de grãos. Para Scapini, tal fato é estratégico e ajuda a fortalecer o cooperativismo, o agronegócio e o abastecimento da região. “É um trabalho que vem valorizando essa fronteira agrícola. E a gente vem atuando porque a maioria dos nossos cooperados é de pessoas que já estão no ramo, já conhecem essa região. E a região se desenvolveu com os nossos cooperados. Isso fortalece muito o sistema cooperativista”, conta.

Segundo o Sistema OCB, os indicadores financeiros do cooperativismo de transporte são “mais uma evidência de seu impacto na sociedade”. Em 2021, as cooperativas do ramo somaram R$ 1,5 bilhões em ativos, um aumento de 32% em relação a 2020.

Tal crescimento também pode ser explicado pelo fato do cooperativismo de transporte ser um ramo diversificado. “Temos aluguel de veículos com ou sem motoristas de todas as categorias, variando de automóveis, caminhões, ônibus, inclusive bicicletas e motocicletas. Também temos o serviço de transporte de cargas, transporte de passageiros, transporte interestadual e transporte escolar. A gente também atende todas as empresas com transporte de seus colaboradores, pequenas cargas e pessoas. Prestamos também serviço de e-commerce. Então, qualquer tipo de serviço ligado a transporte, as cooperativas desse ramo podem atender”, explica Jair Romualdo, conselheiro diretor representante do Ramo Transporte no Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia – Oceb e presidente do conselho de administração da Cooperativa Nacional de Transporte Corporativo – Coomap, sediada em São Sebastião do Passé – BA.

De acordo com o Anuário Coop 2022, o transporte rodoviário de cargas representa 45% das atividades do ramo, contando com 444 cooperativas no país. Já as cooperativas que fazem o transporte coletivo e individual de passageiros representam 38% e 15% do setor, respectivamente.

Diante da grande demanda pelo transporte de pessoas e cargas, Jair Romualdo ressalta que, para uma cooperativa de transporte operar de forma segura, tanto para quem contrata os serviços, quanto para quem o realiza, é fundamental que tenha registro no Sistema OCB, representado na Bahia pelo Sistema Oceb.

“Aquelas registradas no Sistema OCB, que na Bahia é a Oceb, têm um acompanhamento mais sério, uma vez que qualquer cooperativa para ser registrada na Oceb, ela tem que ser visitada por um grupo técnico, para depois o registro ser deliberado pelo conselho diretor da instituição. Então, isso dá uma maior segurança.”

Jair Romualdo cita todo o processo de controle de segurança praticado pela Coomap, em relação a quem deseja ingressar como cooperado. “Para a pessoa aderir à cooperativa, ela passa pela psicóloga, pela palestra de princípios e valores do cooperativismo e da Coomap. Os cooperados têm que passar por testes, fazemos blitz educativas, campanhas de trânsito e temos um regimento interno com conselho de ética rigoroso que acompanha isso”, complementa.

Para mais informações sobre esse e outros ramos que compõem o cooperativismo, acesse somoscooperativismo-ba.coop.br e as redes sociais do Sistema Oceb.

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Via: Brasil61

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