Rainbow Warrior esteve pela primeira vez no Brasil na ECO-92, no Rio de Janeiro, e retornou ao país em 2012, para uma ação da campanha de Desmatamento Zero do Greenpeace Brasil
O navio símbolo do Greenpeace, o Rainbow Warrior, está a caminho de Belém, Pará, para a COP30. A embarcação chega ao Brasil no dia 05 de novembro, atracando no porto da Universidade Federal do Pará (UFPA), para cumprir mais uma de suas missões em defesa do planeta: ecoar as vozes das florestas, dos seus povos e pressionar os líderes globais a tomarem ações concretas para conter a crise climática. O navio vem reforçar uma mensagem clara: não há como manter viva a meta de limitar o aquecimento a 1,5°C sem zerar o desmatamento e, ao mesmo tempo, acelerar uma transição justa e definitiva para longe dos combustíveis fósseis.
“O Acordo de Paris só será cumprido se o mundo avançar ao mesmo tempo na eliminação dos combustíveis fósseis e na proteção das florestas, zerando o desmatamento e revertendo a degradação florestal até 2030. Conectar essas duas agendas é o que pode fazer da COP30 a conferência que manteve viva a meta de 1,5°C”, explica a diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali.
Esta não é a primeira vez que o Rainbow Warrior vem ao Brasil para chamar a atenção do mundo para o problema global que é o desmatamento, a devastação florestal e os seus impactos no perigoso aquecimento do planeta.
“A primeira vez que o Rainbow Warrior esteve no Brasil foi na ECO-92, no Rio de Janeiro, um marco histórico na agenda climática global e também para o movimento ambiental brasileiro. Naquela ocasião, o navio já trazia um chamado para a urgência de proteger a Amazônia e zerar o desmatamento em todas as florestas do mundo. Em 2012, o navio veio à Amazônia brasileira com o mesmo propósito. Agora, na COP30, a embarcação retorna com uma urgência ainda maior: ultrapassamos o 1,5°C e precisamos corrigir o rumo se quisermos evitar eventos extremos cada vez mais intensos”, diz Carolina.
A proteção das florestas e de outros ecossistemas é um dos pilares centrais do Acordo de Paris, adotado em 2015. Na COP28, em 2023, durante o 1º Balanço Global do Acordo, os países firmaram um compromisso histórico para ampliar os esforços para zerar o desmatamento e reverter a degradação florestal até 2030. Neste mesmo ano, o tema dos fósseis foi finalmente mencionado pela primeira vez em uma decisão da ONU, mas desde então pouco se avançou. O empenho dos países com a implementação de ambos os compromissos está muito aquém do necessário.
Após as duas semanas em Belém, a embarcação seguirá para Recife e Rio de Janeiro, repercutindo os resultados da COP30 e ampliando o engajamento das pessoas em relação à proteção dos oceanos, justiça climática e muito mais.
Navio será plataforma para aproximar população de Belém dos assuntos ambientais
Em determinados dias durante a COP30, a população da cidade poderá visitar o navio para entender seu papel nas campanhas do Greenpeace e interagir com a equipe da organização para ampliar o debate sobre proteção da Amazônia, das florestas e de ações reais por parte dos líderes globais na COP30. O Rainbow Warrior também servirá de espaço para eventos com lideranças indígenas, povos tradicionais e sociedade civil organizada.
Símbolo de ativismo ambiental, o Rainbow Warrior é reconhecido mundialmente por participar de manifestações pacíficas, bloqueios e mobilizações em defesa do planeta, do Ártico à Amazônia. Essa é a terceira geração do navio que, desde sua inauguração em 1978, tem cruzado mares e enfrentado ataques, sempre levando uma mensagem de esperança e mobilização por um mundo mais verde, digno e justo.
Rainbow Warrior: símbolo ativista de proteção ao meio ambiente
O navio que chegará ao Brasil no dia 05 é o Rainbow Warrior III, construído pelo Greenpeace com a colaboração de mais de 100 mil doadores ao redor do mundo. Ele foi inaugurado em 14 de outubro de 2011, na celebração dos 40 anos da rede global do Greenpeace, e desde então, já navegou mais de 322 mil quilômetros e passou por cerca de 55 países.
Em 1985, o Rainbow Warrior I foi afundado por duas bombas lançadas pelo serviço secreto francês enquanto estava ancorado na Nova Zelândia. Na ocasião, o navio se preparava para liderar um protesto pacífico contra os testes nucleares realizados pela França no atol de Mururoa, no Oceano Pacífico. Em 1989, o Greenpeace lançou ao mar o sucessor do Rainbow Warrior, o Rainbow Warrior II, cuja primeira missão foi combater pescas predatórias na Europa – em agosto de 2011, ele foi doado como um barco-hospital para uma ONG de Bangladesh.
Alguns destaques da trajetória do Rainbow Warrior:
- A construção da versão mais recente da embarcação, o Rainbow Warrior III, foi feita com design personalizado. Por ser um barco a vela, o Rainbow Warrior utiliza o vento para se deslocar sempre que possível, reduzindo consideravelmente o uso de combustível fóssil.
- Entre as ações emblemáticas, o navio participou de operações de auxílio em territórios impactados por testes nucleares nas Ilhas Marshall, em 1985;
- Também tem atuado contra a pesca industrial predatória, documentando apreensões de equipamentos ilegais e salvando espécies marinhas ameaçadas (junho de 2025), e realizado ações em plataformas de petróleo;
- Após protesto pacífico contra carregamento de plásticos tóxicos em Busan, na Coreia do Sul, em novembro de 2024, ativistas ficaram retidos no país durante meses e só foram liberados em junho de 2025;
SERVIÇO
O que: Visitação aberta ao navio Rainbow Warrior, do Greenpeace Brasil
Quando: 08 e 09 de novembro de 2025
Onde: Porto da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Acesso para jornalistas em 08 e 09: solicite credenciamento via e-mail imrensa.br@greenpeace.org ou WhatsApp 11 95761-2703
