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Copom anuncia corte de 0,5 p.p. na taxa de juros em meio a cenário internacional desafiador

Copom anuncia corte de 0,5 p.p. na taxa de juros em meio a cenário internacional desafiador / Foto: Freepik
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Economista-chefe da Constância Investimentos analisa a Ata do Copom e destaca a cautela em relação ao cenário global

Em reunião realizada nesta terça (07 de novembro), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil tomou a decisão de reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual, fixando-a em 12,25% ao ano. A análise da ata do Copom destaca uma série de elementos que moldaram essa decisão e destaca a cautela do Comitê em meio a um cenário internacional desafiador.

O economista-chefe da Constância Investimentos, Alexandre Lohmann, ressalta que o Copom reconheceu um quadro menos favorável para a atividade econômica, com uma desaceleração notável nos serviços e um cenário de estabilidade na indústria. Esta avaliação reforça a preocupação com a economia doméstica.

Cenário internacional adverso

Um dos pontos de destaque da análise de Lohmann é a mudança na avaliação do cenário internacional pelo Copom, que passou de “incerto” para “adverso”. Isso se deve a diversas fontes de desinflação, tornando-se mais incertas, em particular, após a queda dos preços das commodities no ano anterior. O economista enfatiza a atenção especial dada às taxas de juros americanas, tanto em termos estruturais, relacionados ao risco fiscal, quanto em termos cíclicos, considerando a manutenção das taxas do Fed em níveis elevados.

Impacto no Brasil

O Copom avaliou os impactos desse contexto internacional desafiador sobre a inflação brasileira, especialmente por meio de condições financeiras mais apertadas e uma taxa de câmbio desvalorizada. No entanto, o Comitê observou que o comportamento do câmbio foi, até o momento, mais benigno do que o esperado. Essa análise indica que, embora haja preocupação, o Copom não vê o cenário internacional como um fator de alta para a inflação, pelo menos não a um nível superior à preocupação do mercado.

Risco fiscal e taxa de juros neutra

Outro ponto crítico levantado por Lohmann é o risco fiscal, que pode impactar a taxa de juros neutra e, por conseguinte, a taxa final do ciclo de juros. Atualmente avaliada em 4,5% reais pelo Copom, há modelos que sugerem valores superiores, entre 4,7% e 5%. O economista destaca a importância do cumprimento da meta fiscal para a ancoragem das expectativas de inflação.

El Niño e compromisso com a política monetária

Apesar das previsões de um El Niño forte por parte de agências climáticas, o Copom mantém um impacto moderado desse fenômeno em suas projeções de inflação de alimentos. O Comitê também reforçou seu compromisso com a sinalização unânime de cortes de 0,50 na próxima reunião, indicando sua disposição de continuar agindo de maneira contracionista.

Análise de conjuntura

A análise de Alexandre Lohmann enfatiza que o tom da ata é muito cauteloso, mas também incorpora elementos dovish em relação ao cenário internacional, quando comparado ao contexto de mercado. A decisão do Copom de reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual reflete essa abordagem equilibrada, buscando equilibrar a estabilidade de preços com o estímulo ao emprego em um ambiente econômico desafiador.

A próxima reunião do Copom será aguardada com expectativas, enquanto o Comitê continua a avaliar o impacto de fatores globais e locais na economia brasileira e se mantém firme em seu compromisso com a estabilidade de preços.

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