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Corretora alerta para escalada de eventos climáticos extremos

Corretora alerta para escalada de eventos climáticos extremos / Imagem gerada por Inteligência Artificial
Imagem gerada por Inteligência Artificial

Com catástrofes naturais cada vez mais frequentes e severas, REP Seguros reforça importância da prevenção, da engenharia de riscos e da sustentabilidade como pilares da resiliência e continuidade operacional

Enchentes, secas prolongadas e ventos intensos deixaram de ser exceções e passaram a fazer parte da rotina das indústrias. O aumento da frequência e severidade dos eventos climáticos extremos tem imposto novos desafios à gestão de riscos patrimoniais, exigindo das empresas uma revisão profunda de seus programas de prevenção e continuidade operacional. Para a REP Seguros, corretora especializada em soluções corporativas, o momento é de transformação estratégica na forma de lidar com riscos físicos e operacionais.

O recente episódio envolvendo uma grande marca, em setembro de 2025, é um exemplo marcante dessa nova realidade. Chuvas e ventos fortes causaram danos severos à fábrica de motores em Porto Feliz (SP), interrompendo temporariamente a produção e afetando também a planta de Sorocaba. Casos como esse evidenciam a vulnerabilidade de ativos industriais diante de fenômenos climáticos extremos e a necessidade de uma gestão de riscos mais integrada. “Nós entendemos que a gestão de riscos precisa ir além da simples transferência via seguro. É fundamental integrar dados climáticos, modelagem de cenários e engenharia de riscos para mapear vulnerabilidades e planejar medidas de adaptação”, afirma Renato Blasques, Gerente de Property da REP Seguros. “A análise de dados históricos e projeções geoespaciais permite decisões mais assertivas sobre localização, infraestrutura e continuidade operacional”.

Segundo Blasques, as empresas precisam revisar planos de contingência e incorporar estratégias práticas de resiliência, como drenagem aprimorada, sistemas redundantes de energia e protocolos de resposta rápida. A corretora tem investido em modelagem de risco e engenharia de prevenção, apoiando clientes na construção de programas que combinam mitigação, retenção e transferência. “Nosso objetivo é transformar o seguro em uma ferramenta estratégica de resiliência corporativa, garantindo a continuidade das operações mesmo diante de condições climáticas cada vez mais severas”, complementa o executivo.

Outro ponto de atenção destacado pela empresa é a evolução dos riscos de incêndio e explosão. Embora tradicionais, esses riscos ganharam novas camadas de complexidade com o avanço da eletrificação industrial, o uso de baterias de íons de lítio e o aumento da carga elétrica em plantas produtivas.

“Hoje, as perdas mais severas estão associadas a sobrecargas, falhas de instalação e armazenamento inadequado de baterias”, explica o gerente. “Manutenção preditiva, inspeções termográficas e monitoramento contínuo de temperatura e consumo elétrico são essenciais para reduzir essa exposição. No caso das baterias de lítio, o cumprimento de normas internacionais e o uso de sistemas de supressão específicos são medidas críticas”.

A REP Seguros, junto com sua área de engenharia de riscos, tem avaliado essas exposições de forma individualizada, considerando layout fabril, segregação de áreas críticas e adequação das proteções automáticas. O objetivo é antecipar o risco e reduzir a severidade das perdas, transformando tecnologia e prevenção em aliados diretos da produtividade e da segurança industrial.

Além dos danos físicos, a interrupção de negócios (Business Interruption – BI) representa um dos maiores riscos financeiros para as empresas. A paralisação temporária das operações, somada à complexidade das cadeias globais e dependência tecnológica, pode comprometer seriamente resultados e fluxos de caixa. “Na REP Seguros, tratamos o BI como um componente estratégico do programa de seguros”, afirma. “Avaliamos variáveis como tempo de recuperação de equipamentos, gargalos logísticos, interdependência entre plantas e sensibilidade da demanda”.

Entre as principais ferramentas de proteção, destaca-se a cobertura de Lucros Cessantes, que garante a reposição do lucro bruto, lucro líquido e despesas fixas durante o período de paralisação, conforme as especificações contratadas na apólice. “A experiência mostra que empresas que se preparam antes do sinistro reduzem o tempo de paralisação em até 40%”, diz o executivo. “Nosso papel é transformar a gestão de BI em uma ferramenta efetiva de continuidade operacional e proteção de resultados”.

ESG e desvalorização de ativos: o novo fator de risco

A REP Seguros também observa que a pauta ESG (ambiental, social e governança) tem se tornado determinante na subscrição de riscos patrimoniais. A ausência de práticas de prevenção e adaptação a riscos climáticos pode impactar diretamente o custo e até a aceitação de um seguro de Property, além de influenciar na valorização de ativos industriais. “Empresas que adotam políticas de eficiência energética, drenagem adequada e manutenção preventiva constroem um perfil de risco mais sólido – e isso se traduz em melhores condições de subscrição e precificação”, explica o especialista. “Nos próximos anos, ativos mais sustentáveis serão também mais assegurados e financeiramente valorizados”.

Para a REP Seguros, sustentabilidade e gestão de risco caminham lado a lado. O compromisso com governança ambiental, planos de adaptação e resiliência não apenas reduzem perdas, mas fortalecem a perenidade dos negócios. “Nosso papel é orientar os clientes para que integrem a agenda ESG ao core da gestão patrimonial, transformando prevenção, responsabilidade e resiliência em diferenciais competitivos”, conclui Renato.

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