A primeira edição do Country Risk Atlas da Allianz Trade avalia os fatores econômicos, políticos e ESG que influenciam o risco de inadimplência para empresas em 83 economias.
Nesta quarta-feira (31), a Allianz Trade divulga seu primeiro Country Risk Atlas, uma nova publicação de destaque focada no risco país, uma expertise construída ao longo de décadas pela líder mundial em seguro de crédito comercial. O Country Risk Atlas é baseado em um modelo proprietário de classificação de risco que é atualizado a cada trimestre com os últimos desenvolvimentos econômicos e dados proprietários da Allianz Trade sobre insolvências globais e o ambiente de negócios.
“O Country Risk Atlas fornece uma análise abrangente e insights sobre os fatores econômicos, políticos, ambientais e de sustentabilidade que influenciam as tendências no risco de inadimplência para empresas em um nível macroeconômico. Ele visa ser um companheiro para empresas e investidores na tomada de decisões, identificando riscos e oportunidades potenciais em 83 economias diferentes, juntamente com o mapa que produzimos trimestralmente para todos os 241 países e territórios que monitoramos anualmente”, afirma Ana Boata, Chefe de Pesquisa Econômica da Allianz Trade.
Em 2023, a economia global mostrou resiliência apesar de vários choques globais
Em seu primeiro Country Risk Atlas, a Allianz Trade revela que elevou as classificações de risco de 21 países em 2023, enquanto rebaixou apenas 4. A tendência é totalmente diferente da de 2022, quando a seguradora elevou apenas 8 classificações de risco de país, enquanto rebaixou 17.
“Em 2022, nossas classificações de risco país foram amplamente influenciadas pelas repercussões da guerra na Ucrânia. Mas em 2023, a economia global mostrou certa resiliência contra um dos ciclos de aperto monetário global mais agressivos e diante de alguns dos principais choques globais. Como tal, elevamos as classificações de risco de 21 economias, equivalente a cerca de 19% do PIB global. A África viu o maior número de elevações (10), seguida pela Europa (6), enquanto apenas China e Uruguai viram suas trajetórias de risco país melhorar na Ásia e nas Américas, respectivamente”, acrescenta Boata.
No geral, ao analisar a média de todas as classificações de risco país da Allianz Trade, o risco global de inadimplência para empresas em 2023 fica ligeiramente acima de 2 (Risco Médio), estável em comparação com 2022 e quase de volta aos níveis de 2019. Regionalmente, a média de risco da África fica acima de 3 (Sensível), enquanto o Oriente Médio, América Latina e Europa Oriental (incluindo Rússia) estão próximos, mas abaixo de 3 (Sensível). A Ásia-Pacífico está ligeiramente acima de 2 (Médio) e a Europa Ocidental e América do Norte estão próximas de 1 (Baixo).
Olhando para o futuro, vários fatores podem desafiar o cenário de risco país, levando a mais rebaixamentos em 2024.
Entre os principais fatores de risco identificados pela Allianz Trade para 2024 estão:
- Restrições de liquidez em um ambiente de alta dívida pública e privada e altas taxas de juros.
- Crescimento abaixo do potencial na maioria das regiões e menor poder de precificação para as empresas, o que impulsionará a queda nas receitas.
- Aumento das insolvências empresariais (+8% globalmente em 2024), com Europa e EUA liderando a aceleração.
- Mudanças nas cadeias de suprimentos globais, que podem afetar países com déficits gêmeos, principalmente nos saldos das contas correntes.
- Geopolítica cada vez mais polarizada em um ano eleitoral movimentado, com economias responsáveis por 60% do PIB global indo às urnas.
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