Estratégias de venda cruzada impulsionam o ticket médio no e-commerce e mostram como sugestões certeiras podem transformar a experiência de compra digital
A jornada de consumo no e-commerce está mais sofisticada do que nunca. Se antes o grande trunfo das lojas online era o preço competitivo ou o frete grátis, hoje quem deseja vender mais precisa entender de comportamento. Nesse cenário, entra em cena uma estratégia poderosa — e cada vez mais refinada: o cross-selling, ou venda cruzada.
A técnica, que consiste em oferecer produtos complementares durante ou após a compra principal, já responde por uma parcela significativa do aumento de receita em marketplaces e lojas virtuais. A chave está na personalização: quanto mais relevante for a sugestão, maior a chance de conversão.
Como funciona a estratégia de cross-selling?
“Se alguém compra um notebook, por que não oferecer também uma mochila acolchoada, um suporte ergonômico ou um mouse sem fio?”, a ideia do cross-selling segue essa lógica. Nesse sentido, o segredo está em mapear hábitos de consumo e montar combos que façam sentido.
Essa lógica vale para todo tipo de produto, desde uma peça de roupa até uma máquina de lavar roupa. Por exemplo, pode-se sugerir, junto à aquisição do eletrodoméstico, levar um sabão líquido, capas protetoras ou até um kit de instalação.
Mais do que impulsionar o ticket médio, o cross-selling bem executado pode melhorar a experiência do cliente. Ao receber uma sugestão útil, o consumidor sente que está sendo atendido de forma inteligente, quase como se tivesse um vendedor humano ali do outro lado. Essa percepção de cuidado é o que transforma a venda cruzada em uma ferramenta de fidelização.
Nesse sentido, a tecnologia pode ser uma grande aliada dessa estratégia. Com o uso de inteligência artificial, big data e machine learning, plataformas conseguem prever com precisão o que o consumidor pode desejar em seguida.
É importante, porém, ter sutileza. Se você oferece um acessório no momento errado, como durante o pagamento ou de forma insistente, isso pode gerar o efeito oposto: frustração e abandono do carrinho. O desafio está justamente em criar um sistema inteligente que pareça natural, mas que saiba exatamente quando sugerir aquele item complementar que o cliente nem sabia que precisava.
O cross-selling não é novo, mas vem ganhando força com as novas tecnologias e a busca incessante por personalização. Independentemente do produto vendido, o princípio é o mesmo: entender o contexto do consumidor e antecipar suas necessidades.
Em um e-commerce cada vez mais competitivo, vender bem não é só convencer a comprar, é sugerir certo. E nisso, as lojas que dominam o cross-selling já saem com vantagem.