Dra. Juliana Oliveira, oftalmologista da Meu Doutor Novamed, destaca exames essenciais, comportamentos saudáveis e sinais de atenção para manter a saúde ocular
A saúde ocular merece atenção desde os primeiros dias de vida até a terceira idade. A oftalmologista, Juliana Oliveira, da rede de clínicas Meu Doutor Novamed, do Grupo Bradesco Seguros, reforça que o cuidado preventivo é o melhor caminho para evitar doenças oculares silenciosas, que podem comprometer seriamente a visão se não forem detectadas precocemente.
De acordo com a especialista, o primeiro exame ocular obrigatório no Brasil é o teste do olhinho, realizado nas maternidades logo após o nascimento, seguindo a Lei n. 12.303. “Nessa primeira avaliação, caso haja dúvida ou alteração, o recém-nascido deve ser encaminhado ao oftalmologista pediátrico”, afirma a médica. A partir dos 3 anos, é recomendada uma avaliação anual para rastrear possíveis doenças oculares.
Em um mundo cada vez mais digital, a Dra. Juliana recomenda a redução da exposição às telas, especialmente durante a fase da infância e juventude. Já para os adultos, ela também destaca a importância de fazer pausas regulares no uso de telas durante o dia. Além disso, uma alimentação rica em vegetais e fontes de ômega 3, aliada a consultas oftalmológicas anuais, contribui para uma boa saúde ocular a longo prazo.
Ficar atento a alterações visuais é essencial para a detecção precoce de doenças. Alguns sintomas exigem avaliação médica urgente, como a diminuição ou perda da visão — inclusive de partes do campo visual —, dor nos olhos, olhos vermelhos, lacrimejantes ou com secreção, além de coceira intensa e recorrente. Segunda a Dra. Juliana Oliveira, esses sinais podem indicar condições oftalmológicas sérias que, se não tratadas a tempo, podem comprometer a visão de forma irreversível.
Com o avançar da idade, aumentam ainda os riscos de doenças como catarata, glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). A oftalmologista explica que, embora algumas dessas condições sejam silenciosas no início, elas podem ser tratadas com maior eficácia se diagnosticadas precocemente.
Um estudo recente da Universidade de Michigan, nos EUA, revelou que idosos com deficiência visual têm maior risco de mortalidade, principalmente devido às quedas recorrentes, independentemente da presença de demência. A pesquisa, baseada em dados de seis anos do National Health and Aging Trends Study (NHATS), mostrou que a perda de visão compromete a mobilidade, aumenta o risco de acidentes e impacta negativamente a saúde física e mental dos idosos. Além de medidas preventivas, como adaptações no ambiente e exercícios de equilíbrio e força, os autores recomendam a consulta periódica ao especialista para uma visão saudável.
“A visita regular ao oftalmologista é fundamental em todas as fases da vida, mas se torna ainda mais crucial na velhice. Muitas doenças oculares graves, como glaucoma, degeneração macular e retinopatia diabética, podem se desenvolver de forma silenciosa, sem sintomas evidentes nas fases iniciais. Quando diagnosticadas precocemente, temos muito mais chances de preservar a visão e a qualidade de vida do paciente. O acompanhamento anual permite identificar alterações sutis antes que se tornem irreversíveis. Quem tem histórico familiar ou doenças sistêmicas como o diabetes também precisa de uma atenção especial. Envelhecer com saúde visual é possível — mas depende de cuidado, prevenção e atenção contínua com os olhos”, reforça a Dra. Juliana Oliveira.
A visão também pode ser comprometida por diversas doenças. O diabetes, por exemplo, pode levar à retinopatia diabética, uma das principais causas de cegueira evitável. A toxoplasmose representa outro risco, pois pode causar infecção intraocular com potencial de comprometer gravemente a visão. Doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, também podem provocar inflamações nos olhos.