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Cultura do brasileiro influencia no desenvolvimento do setor de seguros

Manual orienta empresas e pessoas que querem implementar ou apoiar Fundos Filantrópicos/ Foto: Pexels
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Perfil, desconhecimento, ausência de educação financeira e o famoso ‘jeitinho brasileiro’, estão entre os obstáculos de crescimento desse mercado

No Brasil, o mercado de seguros cresce exponencialmente ano a ano e apesar da expansão e desenvolvimento, ainda enfrenta desafios para se consolidar como uma prática comum na vida das pessoas. Segundo o especialista Luiz Ernani Lepchak, diretor Regional Sul da Lojacorr, maior rede de corretoras de seguros do país, mesmo já tendo muitas conquistas, em outros países desenvolvidos o cenário do setor segurador é outro. ‘“Vemos em outros países que contratar o seguro faz parte do planejamento financeiro básico. Entra no checklist como investimento, mas aqui ainda há uma percepção diferente, muito influenciada pela própria cultura do brasileiro que ainda tem dificuldades de entender por que ter seguros é indispensável”, afirma.

Na última semana, o diretor Técnico e de Estudos da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Alexandre Leal, durante o painel “Clima e gestão estratégica”, do 1º Fórum IRB (P&D) ressaltou que, apesar de reconhecer que o Brasil é um país de renda média, segundo ele, a principal razão para essa baixa participação do seguro é de fato cultural, visto que, segundo ele, somente em 2023, os brasileiros gastaram cerca de R$ 60 bilhões em sites de apostas, o que representa cerca de 15% dos valores pagos em seguros. “Dinheiro há, falta a cultura do seguro”, resumiu.

De acordo com o Lepchak, há diversos fatores que influenciam essa cultura. “A própria falta de educação financeira que ainda não é um ensino básico do brasileiro e a maioria não entende por completo que se proteger contra riscos financeiros é necessário e que deve se tornar um hábito de planejar a longo prazo ou que é uma forma de proteção patrimonial e pessoal”, sinaliza. O especialista conta que há também a questão da baixa percepção. “Sabe aquela crença: ‘ah, mas isso nunca vai acontecer comigo’. Pois é, o brasileiro de modo geral tem esse perfil de confiar que nada de ruim vai acontecer com eles ou seus bens e com isso segue com a cultura do ‘se acontecer, a gente dá um jeitinho’, no improviso”, diz. Esse acontecimento mostra que em vez de prevenir problemas com a contratação de seguros, muitos preferem lidar com as consequências quando elas ocorrem, apostando na improvisação que seria evitada se houvesse o planejamento.

Há outro obstáculo que é a falsa crença, o mito em torno da contratação. O diretor da Lojacorr complementa que ainda se crê que contratar seguros é muito burocrático. “Tem gente que acha que contratar é difícil, envolve muitas etapas e não sabe nem onde e como procurar. E aí que entra o papel do corretor de seguros, esse é o profissional principal para desmistificar e transformar o entendimento do brasileiro do quanto o seguro não é gasto, é um investimento e é muito mais fácil do que eles imaginam”, afirma.

O corretor de seguros, junto às corretoras e as redes de corretoras como a Lojacorr, promovem constantemente capacitações para desmistificar a complexidade dos seguros e realizar campanhas que esclareçam a importância da proteção. “Juntos somos um ecossistema e trabalhamos para mostrar os benefícios, atender da melhor forma, simplificando produtos, modernizando ferramentas e tornando-os mais acessíveis e transparentes para a população. Enquanto rede, facilitamos e apoiamos o corretor nesse atendimento essencial de expandir esse conhecimento ao brasileiro, sendo o esclarecedor e o apoio em todas as etapas do segurado”, conta.

Lepchak explica, por fim, que não será do dia para noite que o seguro estará na rotina do brasileiro como uma necessidade básica. “Essa mudança de cultura é gradual, mas essencial para que aos poucos o seguro seja sinônimo de segurança e tranquilidade”, finaliza.

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