O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) teve alta de 0,44% em setembro. No entanto, a taxa é 0,14 ponto percentual menor que a alta registrada em agosto, de 0,58%. Foi o menor resultado desde julho de 2020.
Para o conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Carlos Eduardo de Oliveira Jr., o resultado pode estar relacionado a uma redução no ritmo de crescimento da construção civil.
“O ritmo do processo de crescimento da construção civil vinha numa retomada e agora sofreu uma paralisação. Isso se deve, principalmente, a uma redução no grau de investimento no setor, bem como na aquisição de novos imóveis por parte de parcela da população”, destaca.
Mais de 200 municípios brasileiros estão preparados para receber o 5G
O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 1.661,85, em agosto, para R$ 1.669,19, em setembro. Do total, R$ 999,96 são referentes aos materiais, enquanto R$ 669,23 à mão de obra. Na avaliação do advogado especialista em direito tributário, Jorge Lucas de Oliveira, apesar desse aumento, a tendência é que haja uma redução desses valores, uma vez que eles são representados por uma elevação da oscilação cambial.
“Se pegarmos esses valores no acumulado, veremos que o custo nacional vem caindo, desde quando a pandemia teve seu ápice e veio recrudescendo. Esse valor acompanhou essa diminuição. Portanto, é possível que haja esses repiques, mas a tendência continua sendo de queda”, pontua.
Desempenho por região
A partir do acordo coletivo firmado em Santa Catarina, e elevação na parcela dos materiais nos três estados, a região Sul registrou a maior variação regional no mês de setembro, com 0,95%. As outras regiões do país apresentaram os seguintes resultados:
- Norte: 0,52%
- Nordeste: 0,42%
- Sudeste: 0,27%
- Centro-Oeste: 0,42%
Os custos regionais, por metro quadrado, foram os seguintes:
- Norte: R$ 1.653,98
- Nordeste: 1.556,52
- Sudeste: R$ 1.737,19
- Sul: R$ 1.745,74
- Centro-Oeste: R$ 1.683,10
Em relação aos estados, Santa Catarina registrou a maior alta, com 2,80%, resultado do aumento na parcela de materiais, e do reajuste notado nas categorias profissionais.