Dados são chave para a precificação de riscos na transição climática

Dados climáticos são chave para a precificação de riscos na transição climática / Foto: Universo do Seguro
Foto: Universo do Seguro

Debate reuniu governo, academia e terceiro setor no 3º Workshop de Seguros para Jornalistas da CNseg

A importância dos dados climáticos para melhorar a precificação de riscos foi o foco de um dos principais painéis do 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). O debate reuniu Fernando Teixeira, professor da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ); Lincoln Muniz Alves, coordenador-geral do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA); e Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS), sob a moderação de Claudia Prates, diretora de Sustentabilidade da CNseg.

Na abertura, Claudia Prates ressaltou que o papel do seguro vai muito além de indenizar perdas em eventos extremos. Citando as enchentes no Rio Grande do Sul como exemplo, lembrou que outras regiões do país, como a Amazônia, também enfrentam riscos relevantes que exigem atenção e soluções adaptadas.

Representando o governo, Lincoln Muniz Alves destacou que ainda há obstáculos significativos para alinhar políticas climáticas em um país de dimensões continentais. “A participação da sociedade civil é fundamental para dar perenidade às ações. Temos desafios de infraestrutura institucional diante das distintas realidades do Brasil. Mas os eventos recentes têm deixado ensinamentos importantes e ajudado a mudar a visão da sociedade sobre a urgência climática”, afirmou.

Workshop reúne uma centena de jornalistas na sede da CNseg, no Rio de Janeiro / Foto: Universo do Seguro
Workshop reúne uma centena de jornalistas na sede da CNseg, no Rio de Janeiro / Foto: Universo do Seguro

Na visão do terceiro setor, Maria Netto chamou a atenção para a necessidade de sistematizar os riscos climáticos entre todos os agentes envolvidos, desde o setor público até a iniciativa privada. Ela defendeu o fortalecimento de parcerias público-privadas (PPPs) e a criação de taxonomias e boas práticas sobre sustentabilidade, de modo a garantir maior consistência nas estratégias de adaptação e mitigação.

Já o professor Fernando Teixeira reforçou que a construção de políticas e produtos mais eficazes depende de ferramentas científicas baseadas em dados confiáveis. Para ele, o setor de seguros precisa ampliar o uso de modelos climáticos e análises de cenários para precificar riscos com mais precisão e oferecer soluções adequadas à nova realidade.

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