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De Drex a ESG: 5 tendências que vão definir os meios de pagamento em 2026

Victor Papi, General Manager da Transfeera. Crédito da Imagem: Luciano Alves/ Divulgação
Victor Papi, General Manager da Transfeera. Crédito da Imagem: Luciano Alves/ Divulgação

Especialista da Transfeera aponta como o setor deve ser impulsionado por automação, interoperabilidade e novos modelos de negócios

O ecossistema de meios de pagamento no Brasil segue em ritmo acelerado. Em setembro deste ano, o Pix registrou 290 milhões de transações em um único dia, movimentando R$ 164,8 bilhões, segundo dados do Banco Central. O recorde antecipa o que deve se consolidar no próximo ano: um cenário em que a automação, a interoperabilidade e as novas tecnologias redefinem a forma como pessoas e empresas realizam transações.

“Essa nova fase será marcada por tecnologias que fortalecem o que já foi construído, sem necessariamente provocar rupturas. Estamos diante de um momento de amadurecimento do sistema financeiro digital e as inovações agora são direcionadas à eficiência, automação e integração entre diferentes plataformas”, afirma Victor Papi, General Manager da Transfeera, empresa da PayRetailers que atua como instituição de pagamentos (IP) para o mercado corporativo.

Diante desse cenário, Victor Papi menciona quais serão as 5 principais tendências de meios de pagamentos que devem ganhar força em 2026. Confira!

1. Drex e o papel da moeda digital brasileira

Previsto para 2026, o Drex, moeda digital oficial do Banco Central, representa o próximo grande passo da infraestrutura financeira nacional. Embora tenha surgido com a proposta de ampliar a inclusão financeira, o projeto evoluiu para uma ferramenta de bastidor, voltada a aumentar a eficiência das transações entre instituições. No ambiente B2B, o Drex pode revolucionar liquidações, reduzir custos operacionais e permitir novos modelos de negócios baseados em contratos inteligentes e tokenização de ativos.

2. Finanças embarcadas ganham força no mercado corporativo

Em 2026, o embedded finance deve ser ainda mais evidente em marketplaces B2B, plataformas de gestão e ecossistemas empresariais, que passam a integrar pagamentos, crédito e seguros diretamente no fluxo de negócios. Na prática, isso significa que as transações se tornam quase invisíveis: o pagamento ocorre de forma automática dentro das plataformas, sem a necessidade de intermediários. Essa tendência aumenta a conveniência, reduz fricções e abre caminho para novas fontes de receita em diferentes setores.

3. Automação e inteligência de dados como diferencial competitivo

A automação financeira e o uso de inteligência artificial e analytics assumem papel estratégico na gestão de pagamentos corporativos. Em um cenário de alta complexidade operacional, essas tecnologias permitem conciliar recebimentos, identificar fraudes, prever fluxo de caixa e otimizar a tomada de decisão com base em dados. As empresas que conseguirem integrar IA às suas rotinas financeiras estarão mais preparadas para atuar com precisão, segurança e eficiência.

4. Pagamentos digitais sustentáveis e a pauta ESG

A agenda de sustentabilidade também chega aos meios de pagamento. Soluções digitais começam a rastrear o impacto ambiental e social das transações, permitindo que empresas monitorem indicadores ESG em tempo real. No ambiente B2B, essa tendência ganha força entre grandes corporações e cadeias de fornecedores, que passam a valorizar operações mais transparentes e responsáveis. A digitalização, nesse contexto, não é apenas uma questão de eficiência, é um compromisso com a gestão sustentável dos recursos financeiros.

5. Open Finance e interoperabilidade

O avanço do Open Finance corporativo e da interoperabilidade entre instituições permitirá experiências financeiras mais fluidas, personalizadas e seguras. Com o compartilhamento de dados padronizados, empresas poderão visualizar, em um só ambiente, suas contas, limites de crédito, obrigações e oportunidades de investimento. Essa visão integrada, antes impensável, torna os processos mais ágeis e abre espaço para soluções financeiras sob medida, fortalecendo a governança e o controle das operações.

“A inovação precisa ser encarada como parte da estratégia de negócios. As empresas que integrarem tecnologia, práticas ESG, compliance e cultura de dados de forma estruturada estarão mais preparadas para escalar com confiança e competitividade”, finaliza Papi.

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