Deepfakes (falsificações) e desinformação digital nas redes sociais impactam o mercado segurador não apenas como um risco para os clientes, mas como uma realidade para as próprias seguradoras, que enfrentam demandas operacionais e custos crescentes para detectar e mitigar esses riscos.
Além disso, o uso de IA pode alimentar campanhas de desinformação em larga escala, minando a confiança no setor segurador.
Saiba mais:
- Fraudes cada vez mais sofisticadas: deepfakes estão sendo usados para forjar provas em sinistros de seguros – de imagens adulteradas a vídeos manipulados. No Reino Unido, já se observa um aumento expressivo de fraudes de baixo valor baseadas em evidências falsas.
- Reputação sob ataque: narrativas falsas sobre a saúde financeira de uma seguradora ou decisões judiciais influenciadas por conteúdos enganosos podem comprometer a imagem e a confiança no setor.
- Impacto operacional e regulatório: as seguradoras enfrentam pressões crescentes para investir em novas tecnologias de verificação, sob risco de aumento da litigiosidade, exigências regulatórias e custos de compliance – todos fatores que podem ser mitigados por soluções específicas de seguro cibernético.
- Ameaça aos ativos digitais e à cadeia de TI: já há registros de hackers utilizando deepfakes para simular entrevistas de emprego e obter acesso a sistemas críticos das empresas – cenário que representa riscos diretos à infraestrutura digital e financeira das companhias seguradas.
- Indústrias mais expostas: companhias mais suscetíveis a perdas financeiras com deepfakes e desinformação incluem bancos, fintechs e empresas de investimento, devido ao volume de dinheiro controlado e à dependência de transações digitais. Também são vulneráveis os setores de mídia e telecomunicações, tecnologia e indústria farmacêutica, devido ao risco de conteúdo manipulado que possa destruir a confiança, espalhar desinformação e gerar perdas reputacionais ou de receita publicitária.
- Perdas do setor financeiro apontadas no Sonar 2025: o relatório destaca informação do Wall Street Journal (abril de 2024) de que o setor financeiro registrou um aumento de 700% nos incidentes com deepfakes nas fintechs em 2023. Também ressalta os dados da pesquisa global de 2024 da Regula Forensic, com mais de 1 mil tomadores de decisão: mais de 92% das empresas relatam prejuízos com deepfakes — e 10% superam a marca de US$ 1 milhão em danos.