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Desastres naturais são um grande desafio para os municípios brasileiros

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, participou da 26ª Marcha dos prefeitos, que reuniu mais de cinco mil prefeitos em Brasília (Foto:divulgação CNseg)
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, participou da 26ª Marcha dos prefeitos, que reuniu mais de cinco mil prefeitos em Brasília (Foto:divulgação CNseg)

Brasília, 22 de maio de 2025 – Pela primeira vez o setor segurador integra a agenda de debates da Marcha dos Prefeitos, que é realizada em Brasília (DF). A 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios teve como destaque o painel que debateu os desafios climáticos para os municípios e a importância de incluir seguros em iniciativas locais para mitigação de problemas ambientais.

 

O evento, realizado anualmente pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), reuniu mais de 5 mil gestores públicos municipais e outras centenas de representantes de várias cidades brasileiras, além de autoridades do governo federal. Durante participação do painel temático sobre a “Gestão Climática, de Riscos e de Desastres: oportunidades para Municípios”, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, ressaltou a importância do debate sobre prevenção de desastres naturais e inserir o setor segurador no tema.

 

“Essa pauta dos desastres naturais é urgente. E não compreender essa urgência, significa perdas humanas, perdas materiais. E para os municípios significa um grande desafio. Nós não temos um sistema que analisa o risco de fatores climáticos, como fortes chuvas ou vendavais, quando se constrói rodovias, escolas e hospitais, por exemplo. Quando acontece um desastre, as infraestruturas não estão preparadas e não tem cobertura de seguro”, destaca.

 

Dyogo destacou ainda a mudança no cenário climático brasileiro, lembrando que “nos últimos 10 anos, do ponto de vista de seguros, o Brasil sempre foi considerado um país não catastrófico, sem grandes desastres naturais. Hoje, se recordarmos os últimos eventos climáticos que tivemos, não podemos mais falar que o país não é catastrófico”.

 

A consultora de Meio Ambiente da CNM, Natasha Comassetto, ressaltou a importância do planejamento da gestão climática. “A questão climática é percebida de uma forma muito mais contundente nos municípios. As projeções mostram que as mudanças climáticas irão acontecer, mas nós vemos diversos impactos atualmente. É preciso ter um planejamento territorial, uma visão sistemática e regional”, afirmou.

 

A CNM apresentou um panorama dos últimos dez anos, destacando R$ 732,2 bilhões em prejuízos causados por desastres e que mais de 6 milhões de pessoas ficaram desabrigadas. Deste total, R$ 413,2 bilhões (56,4%) de prejuízo foram ocasionados por secas e outros R$ 215 bilhões (29,4%) por chuvas. Quase 3 mil pessoas morreram por conta de desastres naturais no Brasil durante o período.

 

COP30

 

Tanto a CNseg como a CNM estarão com agendas importantes durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), no mês de novembro.

O presidente da CNseg, aproveitou o encontro junto aos prefeitos e representantes do poder executivo municipal presentes para destacar alguns temas que serão debatidos durante a COP30.

 

“A infraestrutura do Brasil não tem seguro, e isso dificulta a reconstrução de obras quando acontece algum desastre. Outros países como Japão e México, por exemplo, têm uma capacidade de responder rapidamente em momentos de reconstrução, por que tem o seguro para suas estruturas. Apresentaremos também a proposta do seguro social de catástrofes, que seria um seguro obrigatório para atender prontamente com um valor pago de imediato às vítimas de desastres causados por chuvas e alamentos. E por fim, vamos abordar a possibilidade da emissão de green bonds no Brasil, que são títulos do governo federal destinados para projetos relacionados à questão da mudança climática. Deixo um convite a todas e todos que estarão em Belém para conhecer a Casa do Seguro, o espaço do setor segurador que ficará próximo ao complexo da COP30”, ressaltou.

 

Sobre a COP30, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destacou que os diversos setores da sociedade devem estar atentos, juntos aos municípios, para que todos entendam o papel das cidades em aprimorar ações de mitigação climática e levar ao conhecimento de todos os setores da sociedade que estarão presentes durante a Conferência.

 

Conclima

 

A criação do Consórcio Nacional para a Gestão Climática e Prevenção de Desastres (Conclima) visa fortalecer a atuação municipal na defesa e prevenção a respostas de desastres na adaptação de mudanças do clima. Segundo a CNM, quase a totalidade dos municípios enfrentaram situações de emergência ou calamidade pública nos últimos dez anos.

 

Segundo Dyogo Oliveira, a CNseg pretende estar presente nas iniciativas do Conclima, debatendo o seguro como proteção da infraestrutura dos municípios brasileiros. “A gente quer discutir, de uma maneira profunda, detalhada, como estruturar isso e como criar um sistema onde os municípios fiquem mais protegidos. Porque quando acontece uma queda de ponte, chuvas e alagamentos, o prefeito vai atrás de verbas emergenciais dos Estados e do governo federal, enquanto o seguro pode amenizar ou até mesmo resolver esse problema”, afirmou.

 

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