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Descentralização bancária cresce e potencializa oferta de serviços com profissionais autônomos

Descentralização bancária cresce e potencializa oferta de serviços com profissionais autônomos / Foto: Tima Miroshnichenko / Pexels
Foto: Tima Miroshnichenko / Pexels

Consolidado em países desenvolvidos, modelo de bancários independentes se expande com benefícios aos clientes e também às instituições financeiras

Uma nova forma de contratar serviços financeiros está em expansão no Brasil. Já consolidado em países desenvolvidos como Reino Unido e Austrália, o trabalho de bancários autônomos vem em crescimento no país desde 2020, quando o Open Banking foi regulamentado pelo Banco Central. O serviço consiste em oferecer, com atendimento único, produtos de diferentes instituições financeiras. Isso inclui desde crédito imobiliário até financiamento de veículos, consignados e seguros.

Na avaliação do vice-presidente de business e cofundador da Franq, Felipe Giroleti, o modelo deve seguir crescendo nos próximos anos no país. Entre 2020 e 2022, a empresa, que oferece a plataforma para trabalho dos bancários independentes, observou um crescimento de 166% no número de clientes. Segundo o executivo, isso ocorre pelo fato de a descentralização bancária produzir benefícios tanto para o cliente final quanto para as instituições financeiras.

“O cliente consegue verificar as melhores condições do mercado num atendimento rápido. Ele conversa com um profissional com bom conhecimento das opções de negócio, que tem ainda uma equipe de especialistas no suporte. É mais ágil do que ir de banco em banco à procura da melhor opção. A instituição financeira, por sua vez, expande seus canais de venda e ainda recebe feedbacks sobre as condições mercadológicas”, conta Giroleti.

Outra vantagem que os bancários autônomos podem oferecer, no médio e longo prazo, é um aumento da concorrência, que pode levar a melhores opções de negócios para o consumidor final. Além disso, as trocas entre as instituições financeiras e empresas que dão suporte aos bancários autônomos ajudam na diversificação dos produtos, o que gera mais oportunidades de negócios.

Em alguns países, a cultura dos chamados personal bankers já está consolidada. No caso do Reino Unido, por exemplo, Giroleti conta que mais da metade dos créditos imobiliários são concedidos por meio deste tipo de profissional. Em relação ao Brasil, ele crê que há muito espaço para crescimento.

“Hoje, já temos mais de 7,5 mil bancários autônomos em nossa base. É um número considerável, mas que deve crescer ainda mais nos próximos anos. Estamos vivendo uma época de grandes mudanças na forma como as pessoas se relacionam com os serviços bancários em geral. Por tudo isso e também pelos retornos que recebemos das instituições financeiras, acreditamos num enorme potencial de expansão”, finaliza Giroleti.

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