Europ Assistance Brasil

Descobri que meu filho tem síndrome de Down, o que devo fazer?

Você conhece alguém que tenha síndrome de Down? E se descobrir que seu filho tem síndrome de Down, o que você deve fazer? Neste episódio a Dra. Anna Domingues dá mais detalhes sobre o assunto.

Algumas famílias descobrem antes do bebê nascer, ainda durante a gestação, enquanto outras descobrem somente após o nascimento. Infelizmente, ainda é muito comum no Brasil que o diagnóstico aconteça no pós-parto. Cerca de 40 a 60% dos diagnósticos dos bebês com síndrome de Down acontecem após o nascimento. Alguns motivos para tanta dificuldade em fazer o diagnóstico são a diferença da qualidade do pré-natal e dos exames realizados, além de que nem sempre todos têm acesso aos exames necessários.

O diagnóstico pode ser feito antes ou depois do nascimento. Vamos começar com o diagnóstico feito ainda na gestação.

Existem alguns exames capazes de detectar essa alteração. Os 3 principais são:

  1. O primeiro que deve ser solicitado sempre, é o ultrassom morfológico do primeiro trimestre. Neste exame são realizadas algumas medidas no bebê, como comprimento da região da nuca (a translucência nucal), tamanho de ossos da perna e do braço, entre outros. Um complemento a este exame são alguns hormônios que podem ser dosados no sangue da mãe na mesma época do exame e, a partir destes dados, é calculada uma taxa de risco para alterações cromossômicas. Estes exames não dão o diagnóstico propriamente dito, mas eles avaliam a chance de o bebê ter síndrome de Down. Estes dois exames juntos, quando bem-feitos, podem detectar até 85% dos casos de Síndrome de Down.
  2. NIPT, um exame mais exato que detecta, em células placentárias que circulam no sangue da mãe, a presença de alterações cromossômicas. A placenta e o bebê têm a mesma composição genética e, por isso, esse exame tem a precisão superior a 99%.
  3. Amniocentese, ou seja, uma punção da barriga da mãe para coletar material direto do bebê e analisar a presença de alterações. Esse procedimento envolve maiores riscos, como sangramentos, e pode chegar até a causar óbito do bebê, mas é muito raro. Esse exame é o único capaz de dar 100% de certeza do diagnóstico.

Quando existe a possibilidade de se fazer o diagnóstico, é importante entender qual a probabilidade dele se confirmar e, caso a família conclua que quer e pode prosseguir com a investigação, se existe outro exame indicado. Muitos destes exames não são oferecidos pelo SUS, e mesmo na rede particular muitos convênios não cobrem. Como os valores podem ser altos, é importante informar as famílias das possibilidades para que, assim, elas decidam o que querem fazer dentro da realidade delas.

O que fazer ao descobrir a possibilidade do bebê ter síndrome de Down? Aspectos importantes: exames, informação e culpa.

  • Exames: em primeiro lugar é importante realizar o ecocardiograma fetal, a partir de 25 semanas de gestação. Metade dos bebês com síndrome de Down possuem algum problema cardíaco e, apesar de ser imprescindível a realização desse exame após o nascimento, se já soubermos algumas alterações antes, a mãe e o bebê podem procurar serviço especializado para que ele nasça em condições de maior segurança.

  • Informação: A informação tranquiliza e instrumentaliza, mas somente quando direcionada de modo correto. Há diversas instituições, desde públicas a particulares, e até mesmo ONGs engajadas em compartilhar dados reais. Também existem projetos que unem famílias passando por situações semelhantes para compartilhar experiências. A riqueza desta troca é imensurável.
  • Culpa: Muitas mães sentem imensa culpa misturada com tristeza ao receber essa notícia. Jamais devemos julgar como cada uma lida com determinada situação e o impacto destes sentimentos. Além disso, a duração dessas emoções varia de pessoa para pessoa.

Diagnóstico confirmado após o nascimento

Algumas investigações também precisarão ser feitas no bebê após o nascimento. Elas fazem parte do rastreamento que todo bebê com síndrome de Down deve fazer, em busca de doenças associadas com a síndrome.

Que exames são esses?

  1. Todos os bebês devem realizar o ecocardiograma, buscando alterações no coração, que são bastante frequentes.
  2. Coleta de sangue
  3. Avaliações específicas, como oftalmologia, e ultrassonografia de abdômen e crânio.

Essas pesquisas, quando feitas precocemente, permitem a detecção de doenças sem que haja grandes prejuízos e a realização de intervenção precoce.

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda no Youtube.

]]>
Via: Brasil61

Total
0
Shares
Anterior
Nova lei determina que advogado fique na mesma altura do juiz nas audiências

Nova lei determina que advogado fique na mesma altura do juiz nas audiências

Depositphotos Nova lei altera o Estatuto da Advocacia O presidente Jair

Próximo
O TEMPO E A TEMPERATURA: Pancadas de chuva continuam em toda região nesta quinta-feira (29)

O TEMPO E A TEMPERATURA: Pancadas de chuva continuam em toda região nesta quinta-feira (29)

Nesta quinta-feira (29), o céu continua com variação entre muitas nuvens e

Veja também