Mais de 95 milhões de brasileiros devem receber o benefício até dezembro; especialistas indicam previdência privada como alternativa estratégica para quem busca segurança e vantagens tributárias
O pagamento do 13º salário, que deve beneficiar mais de 95 milhões de brasileiros até dezembro, costuma ser direcionado ao consumo ou à quitação de dívidas. Mas o período também pode representar uma oportunidade para iniciar uma reserva voltada ao futuro. Para quem deseja complementar a aposentadoria pública e organizar melhor o orçamento, aplicar parte do valor em previdência privada é uma alternativa que une disciplina e estratégia.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o montante total deve injetar cerca de R$ 369,4 bilhões na economia brasileira, o equivalente a 2,9% do PIB nacional. O valor médio por pessoa é estimado em R$ 3.512, o que amplia o potencial de reorganização financeira para famílias em todo o país.
Para Camilo Buzzi, diretor Comercial e de Marketing da Brasilprev, empresa de previdência privada da Holding BB Seguros, o momento é propício para decisões que vão além do curto prazo. “O 13º salário pode ser o ponto de partida para quem deseja iniciar um plano de previdência. Com aportes regulares, mesmo que pequenos, é possível formar uma reserva que contribua para a segurança financeira no futuro. É uma oportunidade de transformar um benefício sazonal em um hábito de planejamento”, afirma.
Os planos de previdência privada também oferecem vantagens tributárias que variam conforme o perfil do investidor. O modelo VGBL é indicado para quem utiliza o formulário simplificado do Imposto de Renda ou é isento, já que a tributação incide apenas sobre os rendimentos. Já o PGBL permite deduzir até 12% da renda bruta anual na declaração completa, o que pode representar uma economia relevante e reforçar o caráter estratégico do investimento.
Com o aumento da expectativa de vida e as transformações nas relações de trabalho, o investimento em previdência privada tem ganhado espaço como alternativa para quem deseja manter o padrão de vida na aposentadoria. Segundo Sandro Bonfim, superintendente de Produtos da Brasilprev, esse movimento reflete uma nova consciência financeira. “As pessoas estão vivendo mais e enfrentando trajetórias profissionais menos lineares. Nesse cenário, contar com uma previdência privada é uma forma de garantir autonomia e estabilidade, mesmo diante das mudanças que afetam o futuro do trabalho e da renda”, finaliza.
