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Dezembrite: 3 dicas para lidar com o estresse e preservar a saúde mental na reta final do ano

Dezembrite: 3 dicas para lidar com o estresse e preservar a saúde mental na reta final do ano / Foto: Anastasia Shuraeva / Pexels
Foto: Anastasia Shuraeva / Pexels

Luiz Lourencetti, head de Psicologia Digital da Hisnek, healthtech criadora do aplicativo IVI, benefício corporativo que faz a prevenção ativa a doenças mentais e promoção à saúde de colaboradores, esclarece por que ocorre desequilíbrio emocional neste período, e como lidar da melhor forma com as adversidades

O mês de dezembro é marcado por fechamentos de ciclos. Nesse período, é comum que as pessoas passem a refletir mais sobre o que foi feito ao longo do ano e criem expectativas para o próximo, o que pode levar a um aumento de ansiedade, estresse e, até mesmo, depressão. Não é à toa que essa época é conhecida por síndrome do final de ano ou “dezembrite”. O conceito, que foi criado há quatro décadas, surgiu em um estudo sobre a piora dos transtornos mentais realizado por pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos.

De acordo com a International Stress Management Association (Isma), o índice de estresse aumenta, em média, 75% em dezembro.  Isso porque o mês, também, costuma ser marcado por um calendário mais apertado por conta do período de festas e prazos, sobretudo no trabalho. Além disso, 2022 foi um ano muito atípico para os brasileiros, que foi marcado por grandes acontecimentos como o período eleitoral, a Copa do Mundo e a crise econômica e social, que se somam aos outros fatores, contribuindo para o aumento de estresse.

O  psicólogo Luiz Lourencetti, head de Psicologia Digital da Hisnek, healthtech criadora do aplicativo IVI – benefício corporativo que utiliza inteligência artificial para fazer a prevenção ativa a doenças mentais e promoção à saúde de colaboradores – explica que geralmente as pessoas fazem um balanço de como foi o ano. E esse contexto todo acaba levando algumas pessoas a apresentarem um misto de sensações sem causa aparente, como ansiedade, cansaço, insônia ou tristeza.

“Neste período, há a preocupação sobre o tempo e condições de fechar tudo no prazo, mas, ao mesmo tempo, nos encontramos de certo modo cansados e com pouca energia em virtude de todas as demandas do ano. Além disso, algumas pessoas também podem se sentir mais solitárias nesse período de recesso, bem como as expectativas futuras podem exercer alguma pressão emocional”, aponta.

Pensando nisso, para equilibrar as cobranças de final de ano, principalmente no ambiente de trabalho, o psicólogo elencou algumas pontos essenciais:

1. Valorizar as pequenas conquistas

Para passar por este período de forma saudável, preservando o bem-estar emocional, o primeiro passo envolve reconhecer as próprias conquistas, sejam elas quais forem. De acordo com Lourencetti, promover a autoestima fortalece a sensação de competência e oferece motivação para enfrentar outros desafios.

2. Exercer o autoconhecimento

O autoconhecimento também é um pilar importante nesse momento, pois auxilia a compreender quais são suas próprias dificuldades, bem como os recursos que tem para lidar, além de entender se determinados prazos ou compromissos não foram cumpridos por favores que não dependem de você. O psicólogo destaca que é importante estar ciente de que não é possível controlar todas as variáveis e que, por mais que haja competência, algumas adversidades não dependem de você. Estar atento a isso ajuda na regulação emocional e a continuar motivado para lidar com diversas situações.

3. Ser gentil consigo mesmo

Ser compreensivo consigo mesmo ajuda a lidar com sentimentos negativos, muitas vezes resultantes de comparações no ambiente de trabalho, cobranças excessivas em decorrência de prazos. É preciso saber identificar os pontos positivos do ano que foi vivido. Segundo Lourencetti, as comparações são boas quando fornecem modelos positivos e saudáveis de conduta. É necessário, no entanto, entender que cada pessoa possui sua própria história de vida, habilidades e demandas, ou seja, cada um tem seu tempo e jeito próprios, não se pode exigir que todos façam tudo da mesma forma. Usar a régua do outro em demasia pode ser muito prejudicial a nossa saúde emocional.

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