Coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Santa Marcelina aponta os pilares de uma amizade verdadeira e os cuidados com relações que minam o bem-estar emocional
Em um mundo cada vez mais acelerado e digital, manter relações significativas e saudáveis tem se tornado um desafio e uma necessidade emocional. A amizade, reconhecida pela psicologia como um importante fator de proteção para a saúde mental, pode ser fonte de apoio, acolhimento e alegria.
A coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Santa Marcelina, Maria Teresa de Almeida Fernandes, explica que uma amizade saudável é construída sobre cinco pilares fundamentais: confiança, empatia, respeito mútuo, reciprocidade e comunicação aberta. “Quando esses elementos estão presentes, o vínculo promove segurança emocional, pertencimento e ajuda mútua, tão necessários nos dias de hoje”, destaca a psicóloga.
Já para quem deseja cultivar vínculos mais fortes e saudáveis, atitudes simples fazem a diferença: manter o contato ativo, escutar com atenção, estar presente nos momentos difíceis e até mesmo reconhecer e valorizar pequenas conquistas do outro. “A amizade precisa ser nutrida no dia a dia, como qualquer relação significativa”, reforça.
E mesmo os conflitos, naturais em qualquer relação, podem ser resolvidos sem abalar a conexão. Segundo a psicóloga, o segredo está em saber dialogar com empatia, escolhendo o momento adequado, falando a partir das próprias emoções e evitando acusações.
Outro ponto relevante abordado pela especialista é o crescimento das amizades virtuais. “Elas podem ser tão saudáveis quanto as presenciais, desde que pautadas na sinceridade, respeito e cuidados com a exposição. O problema surge quando há idealizações ou dependência emocional”, finaliza.
No entanto, nem todo vínculo é benéfico: amizades tóxicas ou desequilibradas podem afetar diretamente o bem-estar emocional. Mas como saber se a amizade está fazendo mais mal do que bem? A especialista aponta alguns sinais de alerta: “Se você se sente constantemente julgado, exausto emocionalmente ou percebe manipulação e desrespeito aos seus limites, é hora de reavaliar essa relação”, afirma Maria Teresa.