Confira reportagem especial do Universo do Seguro neste 12 de outubro (Dia do Corretor de Seguros)
No mês em que o Brasil celebra o Dia do Corretor de Seguros (12/10), o Universo do Seguro ouviu lideranças e especialistas para traçar um retrato atual da profissão – seus desafios, conquistas e a evolução da parceria com as seguradoras. O fio condutor que aparece em todas as falas é claro: a tecnologia acelera processos, mas é a atuação consultiva do corretor que dá sentido à proteção.
A profissão em transformação: desafios que se convertem em conquistas
Para Rosane Mota, CEO da RM7 Seguros, o mercado exige atualização constante e diferenciação pelo atendimento: “Entre os desafios preponderantes está o acirrado nível de concorrência, que impõe a necessidade de se destacar pelo atendimento consultivo e personalizado”. Ela aponta a curva de aprendizado digital como obstáculo e, ao mesmo tempo, oportunidade: “Ferramentas de CRM, automação de marketing e análise de dados tornam-se imprescindíveis para otimizar processos e ampliar a experiência do cliente”. Do lado das conquistas, Rosane destaca o reconhecimento da atividade: “A profissão é cada vez mais valorizada” e lembra que, na RM7, “temos o orgulho de contar com clientes cuja lealdade se estende por mais de duas décadas”.

Jessica Becker, superintendente comercial do Grupo Exalt, resume o ponto de virada: “O principal desafio está ligado à transformação digital: como manter-se relevante em um ambiente cada vez mais conectado e competitivo”. A vitória, diz ela, vem quando o corretor “se posiciona como consultor de confiança e está presente nos momentos decisivos, especialmente na hora do sinistro”.

Para Alexandre Cid, diretor comercial do Grupo A12+, a equação envolve equilíbrio: “O desafio é acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas e do comportamento do consumidor”, sem abrir mão do diferencial humano. “A maior conquista é a capacidade de se reinventar. Mesmo diante da digitalização, o corretor segue sendo o elo de confiança entre cliente e seguradoras”.

No olhar de Fausto Dórea, presidente do Clube dos Seguradores da Bahia, há espaço para crescer: “O maior desafio é o corretor se adaptar às novas tecnologias e diversificar os produtos da sua carteira”, contraposto a uma conquista concreta: “Trabalhar em um segmento que cresce quase sempre a dois dígitos, com inúmeras oportunidades de ganho e credibilidade”.

Marcos Motta, mentor do Clube dos Corretores de Seguros de Osasco e Região (CCSOR), traz um recorte operativo: “O principal desafio é a gestão do tempo para equilibrar prospecção, acompanhamento de clientes e atualização constante.” A recompensa? “Garantir segurança e tranquilidade aos clientes, atuando como consultor estratégico e construindo relações de confiança”.

Corretores & seguradoras 2.0: parceria mais integrada, dados e omnicanalidade
A digitalização reconfigurou a relação com as seguradoras – e a avaliação é convergente. Para Marcio Benevides, diretor de Distribuição da Zurich Seguros, “a digitalização trouxe mais agilidade, eficiência e transparência, mas o papel do corretor continua essencial”. O executivo reforça a filosofia da companhia: “A melhor experiência digital é aquela que também valoriza o toque humano”. Exemplo disso é a Filial Digital: “Proporciona relacionamento remoto e regionalizado, de forma consultiva e personalizada”.

Rosane Mota avalia que a metamorfose passa por processos e canais: “As seguradoras têm adotado plataformas digitais que modernizam modelos de negócio e criam canais de comunicação mais transparentes e eficientes, mas ainda temos muito a evoluir quando o processo é internalizado”. Para a executiva, o corretor que domina sistemas e aplicativos “se posiciona como intermediário em um ecossistema digital mais abrangente”.
Jessica Becker vê o omnichannel consolidando a centralidade do corretor: “Embora o consumidor busque autonomia, ele valoriza atendimento humano e personalizado. As seguradoras vêm investindo em soluções omnichannel nas quais o corretor permanece figura central, agora com papel mais consultivo e menos operacional”.
Da perspectiva comercial, Alexandre Cid enxerga uma parceria de dados e eficiência: “A relação evoluiu para um modelo mais colaborativo e integrado… APIs e plataformas digitais reduzem retrabalho e liberam o corretor para o que realmente importa – o aconselhamento ao cliente”.
O corretor como tradutor de riscos e guardião da confiança
No varejo e no corporativo, a função consultiva se impõe. Marcio Benevides define: “O corretor é a ponte entre a proteção e as pessoas. É quem traduz as soluções em linguagem acessível, escuta, orienta e entrega tranquilidade”.
Rosane Mota aprofunda: “As apólices são repletas de jargões e cláusulas. O corretor atua como tradutor, elucidando nuances de coberturas e exclusões”, promovendo “um ambiente de transparência e confiança”.
Marcos Motta destaca o papel imparcial: “O corretor conecta pessoas a soluções de proteção, adapta produtos complexos às necessidades individuais e garante suporte contínuo, inclusive no sinistro”.
Para Fausto Dórea, esse lugar é estratégico na indústria seguradora: “O corretor é o principal elo produtivo: tem habilidade, conhecimento e conhece seu cliente para oferecer a melhor opção de proteção financeira”.
Jessica Becker amplia a dimensão social: “O corretor conecta pessoas, empresas e soluções de proteção de forma estratégica, ética e personalizada”.
Educação financeira, nichos e marca pessoal: caminhos de diferenciação
Formar o cliente e segmentar a oferta são prioridades. Rosane Mota aponta que “a educação financeira fortalece a relação e empodera o consumidor”, enquanto a especialização em nichos – como garantia, RC, D&O, E&O, riscos de engenharia, vida e saúde – “pode representar vantagem competitiva substancial”. A executiva também defende presença digital consistente: “A construção de uma marca pessoal sólida gera oportunidades e fideliza clientes”.
Alexandre Cid reforça que dados e jornadas personalizadas sustentam a consultoria: “Traduzir o técnico em simples e oferecer soluções sob medida” mantém o corretor “insubstituível”.
Parceria com o corretor: ponto de partida e chegada
A Zurich reafirma que a parceria com o corretor é ponto de partida e de chegada. “Cada conquista da Zurich é resultado direto da parceria, da confiança e do trabalho diário dos corretores que escolhem caminhar conosco”, menciona Marcio Benevides. “Seguiremos lado a lado, investindo em presença regional, inovação digital, capacitação técnica e escuta ativa”.
Benevides lembra o símbolo da campanha “Vou com a Zurich”: “Mais do que um incentivo, é uma declaração pública de parceria e confiança mútua, reforçando o protagonismo do corretor em toda a nossa estratégia”.
Tecnologia acelera, o corretor humaniza
Entre APIs, CRM, automação e analytics, a mensagem comum é inequívoca: a sofisticação tecnológica só encontra propósito quando aterrissa no diálogo consultivo – onde o corretor traduz riscos, personaliza coberturas e defende o interesse do cliente.
Como resume Marcos Motta, a razão de ser da profissão permanece atual: “Garantir segurança e tranquilidade aos clientes”. E o lema que encerra este especial também: Seguro é com corretor de seguros!