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Dólar dispara com declarações da equipe de Trump; Cenário fiscal brasileiro segue desafiador

Renda fixa nos EUA: título similar ao CDB rende 5,65% em dólar / Foto: Alexander Mils / Unsplash Images
Foto: Alexander Mils / Unsplash Images

Confira análise Elson Gusmão, Diretor de Câmbio da Ourominas

O dólar encerrou a terça-feira em alta, cotado a R$ 6,0466, impulsionado por declarações da equipe econômica do ex-presidente Donald Trump e indicadores econômicos dos Estados Unidos. A possível implementação gradual de tarifas de importação pelos EUA e um índice PPI (preços ao produtor) abaixo das expectativas intensificaram o movimento no câmbio.

No mercado americano, as atenções estão voltadas para a decisão de juros em janeiro, com expectativa de manutenção das taxas atuais. Dados econômicos previstos para esta quarta-feira, como o IPC de dezembro, podem influenciar ainda mais o câmbio, com um resultado acima das projeções favorecendo o fortalecimento do dólar.

Enquanto isso, o Brasil lida com um cenário fiscal desafiador. O crescimento da dívida pública, juros elevados e a baixa credibilidade fiscal são obstáculos que o governo precisa enfrentar. Especialistas destacam a importância de controlar despesas e reduzir gastos como medidas cruciais para a estabilização econômica. No entanto, políticas que incluem aumento de impostos e gastos desordenados minam a confiança do mercado.

Panorama econômico

Além do impacto das declarações nos EUA, o dia será marcado por importantes divulgações econômicas. No Brasil, serão apresentados os dados do crescimento do setor de serviços e o fluxo cambial estrangeiro. Na Zona do Euro, estão previstos o discurso de Luís de Guindos, do Banco Central Europeu, e a produção industrial de novembro. Já nos EUA, os investidores acompanham o IPC de dezembro, discursos de membros do Federal Reserve e a divulgação do Livro Bege, que traz uma visão geral sobre a economia americana.

Análise do Especialista
Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, reforça que o mercado global vive um momento de cautela, com os investidores atentos a movimentações dos bancos centrais e aos indicadores econômicos. “A dinâmica do dólar reflete não só os dados americanos, mas também as incertezas do cenário fiscal brasileiro. É fundamental que o país recupere a confiança do mercado com ações concretas de controle fiscal e reformas estruturais”, pontuou.

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