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Dólar se aproxima da barreira de R$ 6 e ouro em queda; as perspectivas do mercado para esta quinta-feira (23)

Renda fixa nos EUA: título similar ao CDB rende 5,65% em dólar / Foto: Alexander Mils / Unsplash Images
Foto: Alexander Mils / Unsplash Images

Especialistas da Ourominas, Elson Gusmão e Mauriciano Cavalcante, apresentam uma análise detalhada sobre as movimentações do dólar e do ouro em meio às incertezas do mercado

Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão

O dólar à vista encerrou a quarta-feira (22) cotado a R$ 5,9463 para venda, conforme informado pela mesa de câmbio comercial e turismo da Ourominas.

A ausência de notícias relevantes sobre o cenário fiscal no Brasil tem sido favorável ao mercado. Além disso, o adiamento da divulgação de tarifas sobre produtos importados nos EUA trouxe alívio, permitindo uma desmontagem de posições no mercado de câmbio, gerando fluxo positivo.

É importante manter cautela, pois o cenário atual ainda não pode ser considerado uma nova normalidade. Tanto no Brasil quanto nos EUA, muitos fatores podem impactar o mercado. A postergação de medidas protecionistas nos EUA pode apenas ter adiado a desvalorização do real.

Acompanhemos de perto as tarifas a serem impostas a produtos chineses e europeus, bem como sua magnitude, que será crucial para o comportamento do câmbio. Nos EUA, o Federal Reserve deve manter a taxa de juros inalterada na próxima reunião de política monetária (29/01). No mesmo dia, o Copom no Brasil deve elevar a Selic em 1%, embora o mercado já esteja fechado.

No curto prazo, a barreira de R$ 6,00 se apresenta como um suporte técnico importante. Movimentos acima desse valor podem gerar aceleração, enquanto quedas abaixo desse patamar podem trazer maior pressão de desvalorização. A depender da evolução das tarifas e seus impactos sobre a inflação americana, o dólar pode voltar a subir.

No câmbio, os movimentos refletem diretamente a percepção do mercado em relação ao futuro. Internamente, o compromisso fiscal permanece um ponto de atenção, embora o recesso do Congresso proporcione um alívio momentâneo ao mercado.

Para hoje, no Brasil, teremos a reunião do Conselho Monetário Nacional (às 9h). Nos EUA, os pedidos de seguro-desemprego (10h30) e o discurso do presidente Donald Trump (13h) serão destaques. Na Zona do Euro, conheceremos a confiança do consumidor de janeiro (12h).

Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante

O Ouro teve um recuo no final da tarde de ontem (22), cotado a R$ 525,00 o grama, após bater R$ 532 no auge. Hoje está com uma pequena recuperação, cotado a R$ 526,20 no momento. Essa queda se dá por fatores relacionados à entrada de recursos estrangeiros, devido aos nossos altos juros.

No entanto, a tendência ainda é de alta, em que os investidores aguardam diretrizes sobre qual caminho as políticas comerciais do Governo Trump deverão seguir, entre elas o aumento de tarifas para países como México e Canadá (25%), e também China (10%). Analistas ainda acreditam que a Onça troy pode chegar na faixa dos 3 mil dólares em um futuro próximo, por conta das incertezas geopolíticas e econômicas.

Bons negócios e uma ótima quinta-feira a todos!

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