Moeda americana reage à política do Fed e tensões geopolíticas, enquanto ouro avança com demanda crescente e busca por ativos de proteção
Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão
O dólar à vista fechou a última quinta-feira (20) cotado a R$5,7045 para venda, conforme informado pela mesa de câmbio comercial e turismo da Ourominas.
Ontem, o presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, destacou a necessidade de escolher entre metas de emprego e inflação, expressando preocupação com o aumento das expectativas de inflação de curto prazo. O cenário permanece incerto, com impactos das políticas tarifárias da nova administração Trump e a possibilidade de um acordo com a China.
Na China, o governo anunciou medidas para estimular o consumo interno e impulsionar o crescimento econômico. Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou estar pronto para um acordo com os EUA, visando uma paz duradoura.
No Oriente Médio, a violência persiste. O grupo Hamas devolveu quatro reféns sem vida, incluindo uma mãe e seus dois filhos, enquanto Israel libertou centenas de presos em um acordo desproporcional. A paz na região parece distante.
No calendário econômico de hoje, destacam-se: na zona do euro, os PMIs industrial, de serviços e composto de fevereiro, além do pronunciamento de Lane, do BCE (11:30), e a confiança do consumidor (12:00). Nos EUA, serão divulgados os PMIs industrial, de serviços e composto de fevereiro (11:45), vendas de casas usadas de janeiro, e a percepção do consumidor e expectativas de inflação de Michigan (12:00), além do discurso de Jefferson, do Fed (13:30). No Brasil, será divulgada a Receita Tributária Federal de janeiro (10:30).
Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante
O preço do ouro tem mostrado uma tendência de alta recentemente, refletindo incertezas econômicas e geopolíticas globais. Em 21 de fevereiro de 2025, o ouro para fevereiro (futuro) fechou em alta de 1,22%, a US$ 2.750,90 por onça-troy, na Comex.
No Brasil, o preço médio do ouro em fevereiro de 2025 foi de R$ 534,02 por grama.
Analistas da Ourominas projetam que a demanda por ouro pode aumentar 10% devido à elevada demanda e à incerteza econômica e geopolítica, especialmente sob a administração de Donald Trump nos Estados Unidos. Além disso, a China retomou suas compras de ouro, e investidores globais estão acumulando o metal como parte de uma política de desdolarização e em resposta a déficits orçamentários.
As perspectivas para o ouro permanecem positivas, com analistas da Ourominas prevendo que o metal possa atingir até US$ 3.000 por onça já no próximo mês, impulsionado por fatores como a demanda crescente e a busca por ativos de refúgio seguro em meio a incertezas globais.