Tendo ganhado expressivo destaque nos últimos anos, a economia compartilhada, também conhecida como economia colaborativa, trata-se de uma abordagem que visa a otimização de recursos disponíveis, promovendo a colaboração individual e maximizando a utilização de diversos produtos e serviços.
Neste contexto, o mercado de franchising também tem se adaptado e explorado as oportunidades deste cenário. Mesmo durante um período de desafios, o setor de franquias do Brasil continuou apresentando um resultado surpreendente, em 2023, o setor teve um crescimento de 13,8% em relação a 2022, atingindo um faturamento de R$ 240,6 bilhões. Em comparação a 2019, na pré-pandemia, o aumento foi de 28,9%. Esse aumento, divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), demonstra a capacidade de superação do setor.
O franchising não apenas conseguiu equilibrar suas contas, mas também demonstrou uma tendência de crescimento. Segundo o estudo, no terceiro trimestre de 2023, houve uma contribuição de todos os segmentos para esse resultado positivo, com destaque para o setor de Alimentação – Food Service, que teve um aumento notável de 17,5%. Os setores de saúde, beleza e bem-estar também tiveram um desempenho notável, com um crescimento de 13,7%, e foram seguidos pelos setores de Entretenimento e Lazer com 12,4%, e Alimentação – Comercialização e Distribuição, além de Serviços e Outros Negócios, ambos com um aumento de 11,8%.
Tradicionalmente, as franquias estão associadas a setores como alimentação, varejo e serviços. No entanto, com a ascensão da economia compartilhada, novas oportunidades surgiram.
“Na construção civil, a economia compartilhada envolve a locação temporária de máquinas e equipamentos entre diferentes projetos e empresas. Em vez de adquirir , construtoras, empreiteiras e profissionais autônomos podem alugar o que precisam, economizando investimentos iniciais e evitando a ociosidade dos equipamentos“, conta Marcus Vinícius Lara, diretor da LocExpress.
A economia compartilhada envolve a utilização mais eficiente de bens e serviços, por meio do compartilhamento entre diferentes usuários. Em vez de possuir um item individualmente, as pessoas podem alugá-lo, emprestá-lo ou compartilhá-lo com outras, reduzindo custos e desperdício. Esse modelo tem impactado diversos setores, desde transporte e hospedagem até espaços de trabalho compartilhados.
O modelo de compartilhamento tem se estendido a vários setores, e o aluguel de equipamentos de construção não fica de fora. Neste contexto, empresas e profissionais do setor de construção estão aderindo a uma estratégia colaborativa para maximizar a utilização de recursos e diminuir despesas. Esta tendência emergente está afetando o mercado de aluguel de equipamentos de construção.
“Nossa empresa realiza diversos serviços voltados para construção civil, como obras, reformas e pintura. No início, comprávamos os equipamentos de pequeno porte de acordo com cada projeto. Porém, chegou um momento em que a complexidade dos trabalhos aumentaram e as suas necessidades também. Como não tínhamos capital para comprar os equipamentos de maior porte, o aluguel foi a solução para conseguir atender esses clientes e escalonar nosso negócio. Atualmente, optamos pela locação porque as vantagens são excelentes para o crescimento da nossa empresa já que reduzimos vários custos”, explica Geiusa Paulino, proprietária da empresa Serviços Diversos, que atua no mercado de Campina Grande (PB) há oito anos.
A prática de locação compartilhada representa uma tática econômica para as empresas, pois possibilita a divisão dos custos de manutenção e armazenamento de equipamentos onerosos entre vários usuários. Essa abordagem traz ainda mais flexibilidade para as empresas de construção, que têm a opção de alugar maquinário específico apenas para a duração de projetos determinados, evitando assim a inatividade dos equipamentos após o término dos mesmos.
A economia de compartilhamento expande o leque de opções de equipamentos para aluguel, oferecendo às empresas acesso a uma ampla seleção de ferramentas, que vai desde guindastes e escavadeiras até misturadores de concreto e rolos compactadores. Compartilhar equipamentos também diminui o desperdício e incentiva uma utilização mais consciente e eficaz dos recursos, alinhando-se com os princípios de sustentabilidade.
Marcus da LocExpress finaliza: “À medida que a economia compartilhada se consolida, demonstra que a locação de equipamentos de construção continua a evoluir. A economia colaborativa está transformando a forma como a construção civil lida com seus recursos. A locação compartilhada de equipamentos oferece vantagens significativas, impulsionando a produtividade e sustentabilidade do setor“.