Calheiros destacou o potencial do microsseguro e de produtos com foco social como caminhos para garantir a proteção financeira
Em meio aos debates sobre inovação e expansão do mercado segurador, Edson Calheiros, presidente do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ) e da Associação Nacional das Microsseguradoras (ANM), chamou a atenção para a importância dos seguros inclusivos durante o 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, promovido pela Fenacor.
Em entrevista, Calheiros destacou o potencial do microsseguro e de produtos com foco social como caminhos para garantir a proteção financeira de famílias em situação de maior vulnerabilidade. Segundo ele, a disseminação do seguro pode ter impacto direto na distribuição de renda e na oferta de tranquilidade para as futuras gerações. “O microsseguro é uma ferramenta social, uma alavanca que pode contribuir para distribuir renda no Brasil. Em vez de deixarmos somente um bem material, podemos deixar uma ‘carta de amor’, que é a apólice de seguro, como proteção aos nossos entes queridos”, afirmou.
Inclusão e expansão do acesso ao seguro
Calheiros sublinhou o papel de entidades como o CVG-RJ e a ANM na promoção da inclusão social por meio de produtos simplificados e acessíveis. O executivo enfatizou que os seguros de vida se destacam na estratégia de proteção para a população de baixa renda, mas ressaltou que há espaço para diversos tipos de cobertura, conforme as diferentes necessidades dos consumidores.
“Nosso objetivo é crescer a massa segurável no país. Queremos levar seguros para as gôndolas do supermercado, tornando o seguro um item essencial no carrinho de compras das famílias brasileiras”, explicou o presidente do CVG-RJ e da ANM, indicando uma visão ousada de aproximação do produto ao dia a dia das pessoas.
Reconhecimento internacional e intercâmbio de ideias
A busca por ampliar o alcance dos seguros inclusivos tem despertado interesse até mesmo de entidades estrangeiras. Calheiros relatou a aproximação de associações da Espanha e de Portugal, que demonstraram curiosidade em conhecer o modelo brasileiro de inclusão social via microssseguro. “Estamos recebendo duas associações espanholas e uma portuguesa, que vieram beber um pouco da nossa fonte de inclusão social através das apólices, principalmente no ramo de vida”, contou.
Tal intercâmbio reforça o potencial de replicar a experiência nacional em outros mercados, consolidando a imagem do Brasil como um laboratório de inovações na área de microsseguros.
Valorização do corretor de seguros
Calheiros aproveitou a ocasião para parabenizar e agradecer aos corretores pelo trabalho desempenhado na linha de frente, levando proteção a famílias em todo o país. Ele vê no corretor um agente fundamental para a popularização do seguro, sobretudo no segmento dos microssseguros. “Ser corretor de seguros não é apenas vender seguro; é proteger famílias. É entregar essa ‘carta de amor’ para quem vem depois de nós”, mencionou, destacando a missão nobre do profissional de seguros.
O executivo reforçou ainda que a formação e o conhecimento do corretor são cruciais para orientar o consumidor, garantindo que a apólice seja compreendida e valorizada dentro do orçamento doméstico.
Perspectivas e próximos passos
Ao final, Edson Calheiros salientou que a pauta dos seguros inclusivos deve permanecer em evidência, especialmente em um mercado aquecido por inovações e novas parcerias. A participação no 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros evidenciou, segundo ele, a consolidação de uma visão de que o seguro pode ser, além de um produto de proteção, um catalisador social.
“Queremos continuar trabalhando para que o seguro seja visto como essencial. Que as famílias brasileiras entendam que a tranquilidade financeira também pode ser colocada em prática com a ajuda de uma apólice“, concluiu Calheiros, lembrando que as iniciativas de inclusão não se restringem a um único formato ou público, mas visam tornar o seguro cada vez mais presente na vida de todos.
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