Mais de 23 mil ocorrências foram registradas, totalizando um montante de R$ 1,67 bilhão em pedidos de indenizações
Com as recentes enchentes devastadoras que assolaram o Rio Grande do Sul, as companhias de seguros se deparam com um desafio de proporções significativas. O levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revelou números alarmantes: mais de 23 mil ocorrências foram registradas, totalizando um montante de R$ 1,67 bilhão em pedidos de indenizações. Diante desse cenário desafiador, surge a necessidade de encontrar soluções eficazes e humanizadas para lidar com as consequências desse desastre natural. “Estamos falando do maior sinistro climático do Brasil, não estamos tratando apenas de danos materiais, há também os prejuízos emocionais, isso é incalculável. Esse tipo de situação precisa ser avaliada com agilidade e empatia”, destaca Mírian Queiroz, advogada, mediadora e diretora da MediarSeg.
É importante destacar que o sistema judiciário brasileiro já enfrenta um alto índice de judicialização, o que pode sobrecarregar ainda mais os tribunais e prolongar indefinidamente a resolução dos conflitos decorrentes das enchentes. Nesse sentido, o processo judicial tradicional se mostra como uma opção menos favorável, uma vez que é geralmente mais demorado, custoso e adversarial, podendo agravar ainda mais o desgaste emocional das partes envolvidas. Afinal, por trás de cada pedido de indenização, há histórias de vidas afetadas, lares perdidos e patrimônios devastados. Vale destacar que a situação também é desafiadora para as companhias de seguros, que precisarão administrar os sinistros, de uma única vez. Nesse contexto, a mediação surge como uma alternativa altamente vantajosa e adequada.
“A mediação, como método de resolução de conflitos, oferece uma abordagem que vai além das questões meramente legais. Ela proporciona um espaço de diálogo e entendimento mútuo entre as partes envolvidas, permitindo que os segurados expressem suas preocupações, necessidades e expectativas de forma mais direta e humanizada. Em um momento tão delicado como esse, a empatia e a compreensão são fundamentais para garantir que as soluções encontradas atendam verdadeiramente às necessidades de todos os envolvidos”, pontua a diretora da MediarSeg.
Além disso, a mediação oferece uma resolução mais célere e menos onerosa em comparação com os processos judiciais tradicionais. Em um momento de urgência como o atual, em que cada dia conta para a reconstrução das vidas dos afetados pelas enchentes, a agilidade na resolução dos conflitos é essencial para minimizar os impactos negativos e promover a recuperação mais célere das pessoas atingidas.
Diante do desafio representado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a mediação se apresenta como a melhor alternativa para tratar as indenizações das companhias de seguros. Com sua abordagem humanizada, célere e eficaz, a mediação facilita a resolução dos conflitos e promove a reconstrução das vidas afetadas, fortalecendo os laços de solidariedade e confiança. “Não há perdas na mediação, todos, inclusive os tribunais, ganham com a implementação do procedimento para esses casos. Ao optar pela mediação como meio de resolver as questões decorrentes das enchentes, as seguradoras demonstram um compromisso genuíno com o bem-estar dos seus segurados e com o atendimento de excelência”, finaliza Mírian.